Os polícias reúnem-se esta sexta-feira para decidir que medidas tomar PEDRO CUNHA
PEDRO
SALES DIAS 10/01/2014 – 07:39
Agentes
acusam o Governo de querer “destuir as polícias” com cortes médioos de 200
euros nos salários.
Os cortes detectados ontem nos
recibos dos vencimentos a pagar este mês estão a
revoltar os polícias. “Em média cada um vai receber menos 200 euros, num
salário de mil. Ultrapassaram-se os limites. Governo quer destruir as polícias
e, por isso, há um clima de revolta. Os
polícias estão agora, como não estavam há anos, disponíveis para fazer de tudo”, disse o secretário da Comissão
Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos profissionais das Forças e Serviços de Segurança, Paulo Rodrigues, numa
alusão a redução salarial decretada pelo Governo para toda a função pública.
A CCP, que integra os principais
sindicatos da
GNR, PSP, SEF, Poli Marítima, Guardas Prisionais e
ASAE, reúne esta sexta-feira para decidir que medidas tomar contra os cortes e
o aumento da comparticipação para o subsistema de saúde.
“Outra manifestação igual à de
21 de Novembro é possível. Não queremos incitar a nada, mas já não é possível
reprimir a revolta. Poderão vir a ser decididas ainda outras formas de luta”,
explicou o também presidente da Associação
Sindical dos Profissionais da Polícia que culpa o primeiro-ministro por não ter aceitado reunir-se
com os sindicatos.
Paulo Rodrigues explicou que “muitos dos
agentes sentem-se atacados na sua dignidade por virem a não ter dinheiro para
pagar as casas. Vamos chegar ao cúmulo de ter polícias incumpridores obrigados
a fazer biscates como antigamente para terem dinheiro suficiente”, disse.
Os cortes atingem todos os funcionários
públicos, mas o sindicalista lembra que “os polícias têm ordenados mais baixos
e uma missão importante na garantia da segurança”. O Governo aprovou ontem uma
proposta de aumento de 2,5 por cento para 3,5 por cento dos descontos para o
subsistema de saúde dos polícias.
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