O ECONOMISTA PORTUGUÊS
um blog de Economia Política e de Política Económica
Publicado em Janeiro 21.2014
Começa amanhã em Davos, na Suíça o encontro do Forum Económico Mundial, que procura criar um consenso entre a elite económica
e política mundial sobre o modo de conduzir os
negócios deste mundo. Para condicionar o evento e revolver as tripas da elite
mundial, a Oxfam, a célebre organização filantrópica britânica, publicou ontem
um relatório abrasador: em 24 dos 28 país com dados conhecidos, aumentou a
parte do 1 mais ricos no rendimento nacional; nos Estados Unidos, 01% mais rico
ficou com 90% da riqueza criada desde 2008 e os 90% mais pobres empobreceram,
afirma o relatório.
O gráfico acima mostra o aumento da parte no PIB
do 1% mais rico da população em vários países, de 1980 a 2012. O relatório
afirma ainda que da população possui metade da riqueza mundial.
O relatório
relaciona o aumento da desigualdade, assim medida, com a queda do comunismo
russo e com o enfraquecimento dos sindicatos e recomenda que estes sejam
revigorados.
O doutor Klaus Schwab, o fundador e
impulsionador do Forum Económico Mundial, já declarou que o
crescimento económico só é duradouro se for inclusivo.
Por isso, espera-se que saia de Davos uma palavrinha boa para os pobres.
É
curioso que o relatório da Oxfam só destaca as injustiças da
distribuição do rendimento e não mencione o crescimento da economia mundial –
ao passo que a carta de Biil e Melinda Gates, que O Economista Português
ontem comentou, nunca refere a redistribuição da riqueza e badala o crescimento
do PIB mundial.
O
relatório, intitulado Work For The Few Political Capture
and Economic Inequality (Trabalhar para a minoria
Captura política e desigualdade económica), está disponível em
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