JOHN
KOLESIDIS/REUTERS
LUSA 20/01/2014- 16:46
A decisão só será anunciada
publicamente dentro de semanas.
O Conselho
de Estado grego considerou inconstitucional
a redução de salários de polícias, soldados,
bombeiros e autoridades marítimas decidida pelo
Governo no âmbito das medidas de austeridade adoptadas no
país, indicou fonte judicial citada pela AFP.
Os juizes
deram razão aos sindicatos que representam estes sectores e que
tinham apresentado um recurso contra a lei de programação 2013-2016, votada em
Novembro de 2012, e que previa mais de 300 milhões
de euros em cortes em salários e reformas.
A lei previa que a medida fosse
aplicada retroactivamente a partir de Agosto de 2012, um princípio
frequentemente utilizado nas reduções de salários ou aumentos de impostos adoptados desde
há quatro anos na Grécia em resposta a exigências da troika de credores internacionais
(Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia).
A decisão só será anunciada
publicamente dentro de semanas e a fundamentação ainda não é conhecida nem o
impacto financeiro que terá.
"O governo respeita as
decisões do Conselho de Estado", mas deve antes tomar conhecimento da
decisão e avaliar o seu alcance, indicou o porta-voz do Governo, Simos
Kedikoglou, em declarações a uma rádio.
O Conselho de Estado
considerou constitucional o primeiro memorando de austeridade em Março de 2010,
mas rejeitou medidas como as reduções salariais impostas aos juízes. Outros
recursos ainda estão em apreciação, como a redução do salário mínimo para 580
euros e cortes salariais para outros funcionários.
"Seja qual for o número
de decisões, não vamos inventar dinheiro", reagiu o ministro da Saúde,
Antonis Georgiadis, em declarações à rádio Antenna.
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