Alberto Teixeira - 30/01/14 08:50 – Diário Económico
A agência de “rating” considera que um cautelar é a solução que melhor responde às necessidades
de financiamento de Portugal.
A Moody's sugere que Portugal adopte um
programa de apoio cautelar após a “troika” abandonar Lisboa em Maio deste ano se quiser alcançar uma
dinâmica sustentável do seu crescimento económico e reduzir o rácio da dívida.
"As necessidades de
refinanciamento nos próximos anos rondam os 10 mil milhões anuais, o que
significa que Portugal deve procurar baixos custos de financiamento por um
longo período se quiser alcançar um crescimento económico sustentável e reduzir
o seu rácio da dívida, algo que será mais facilmente alcançado num contexto de
uma linha cautelar", refere a agência de notação de risco no relatório ‘Credit Outlook' ontem divulgado.
Tal como aconteceu na Irlanda, a Moody's espera a decisão do Governo
português só seja anunciada “muito perto” do fim do actual programa, em linha
com o que disse esta semana a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, na
reunião do Eurogrupo.
A agência comenta ainda os dados
da execução orçamental, divulgados na semana passada, e que mostraram um défice
abaixo da meta prevista, para elogiar a "determinação e capacidade das
autoridades portuguesas para melhorar as finanças públicas do país” num
ambiente económico difícil.
Para este ano, a Moody's acredita que Portugal vai voltar
a cumprir os requisitos de um défice de 4% do PIB,
prevendo um
crescimento de 1 %.
Em mercado secundário, os juros
portugueses seguiam hoje em tendência mista. A “yield” implícita nos títulos a 10 anos
seguia inalterada nos 5,1%, crescendo nos prazos mais curtos.
A Moody's não fez qualquer alteração no ‘rating’ de Ba3 atribuído a Portugal com ‘outlook´estável.
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