Vistos Gold portugueses arrematados por milionários chineses
Por
Diogo Vaz Pinto
publicado
em 3 Jan 2014 - 05:00
Paulo Portas está
feliz com o primeiro aniversário do seu programa de vistos gold, concedidos a
estrangeiros em troca de investimento em Portugal, que excedeu largamente, diz
fonte oficial do gabinete do vice-primeiro-ministro, o objectivo inicial da
medida, e que está assim a ser um impulso importante para a dinamização do
mercado português, especialmente do imobiliário.
Foram concedidas 471
autorizações de residência para a actividade de investimento, o que se traduziu
num volume de investimento de 306,7 milhões de euros, tendo 272,4 milhões
ficado no sector imobiliário. Os chineses encimaram o topo da lista dos
cidadãos estrangeiros a receberem os chamados vistos gold, e de forma
destacada, sendo seguidos depois por cidadãos oriundos da Rússia, Brasil,
Angola e África do Sul.
Para a atribuição do
visto, o despacho impõe que a actividade de investimento, promovida por um
indivíduo ou uma sociedade, seja desenvolvida por um período mínimo de cinco
anos, prevendo-se várias opções, em que se incluem a transferência de capital num
montante igual ou superior a um milhão de euros, a criação de pelo menos dez
postos de trabalho ou a compra de imóveis num valor mínimo de 500 mil euros.
Para efeitos de
renovação da autorização de residência, exige-se ainda ao investidor, para além
do período de investimento mínimo de cinco anos contado a partir da data da
concessão da autorização de residência, que comprove ter cumprido o período
mínimo de permanência no território português exigido, de sete dias
consecutivos ou interpolados no primeiro ano, ou 14 dias consecutivos ou
interpolados no período subsequente de dois anos.
"O facto de
termos captado mais de 300 milhões de euros de investimento só através dos
chamados vistos gold, em apenas um ano, é um sinal muito prático de que
Portugal está de volta ao GPS dos países em que é interessante investir",
disse Paulo Portas à Lusa.
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