LUSA 10/01/2014 –
11:55
Contrato
de subconcessão assinado esta sexta-feira no forte de São Julião da Barra, em
Oeiras
O
ministro da Defesa considera que os Estaleiros Navais de Viana do Castelo
"renascem" esta sexta-feira, com a assinatura do contrato de
subconcessão à Martifer, antecipando que muitos dos que criticaram o processo
vão, daqui a cinco anos, "aplaudir esta decisão".
Na
quinta-feira à noite, à entrada para o ciclo de conferências "O estado das
coisas/As coisas do Estado", em Serralves, no Porto, José Pedro
Aguiar-Branco disse que com a formalização do negócio, hoje, os estaleiros irão
renascer, porque “estavam sem actividade, e surge uma nova oportunidade para se
manter a construção e a reparação naval em Viana do Castelo”. “Foi sempre o
esforço que o Governo teve: manter a construção e a recuperação naval",
sublinhou.
Aguiar-Branco
disse acreditar que vai “manter-se a actividade [dos estaleiros] e que vão ser
criados postos de trabalho” - cerca de 400 especificou, tal como comunicaram os
responsáveis da Martifer até à CMVM - Comissão do Mercado dos Valores
Mobiliários, num período de seis meses. "Se alguém concorre a uma
concessão para fazer a construção e a reparação naval e vai pagar por ela, com
certeza precisa de trabalhadores. Acho que é óbvio. E vai com certeza contratá-los,
em primeira mão, na região, porque é mão-de-obra
qualificada", justificou.
"E
por isso, daqui a cinco anos, muitos dos que estão hoje a criticar vão
seguramente aplaudir esta decisão", antecipou o ministro. "Ou os
estaleiros fechavam, ou havia uma possibilidade de renascer. O Governo seguiu
essa segunda via e amanhã [hoje] é assinado o contrato que vai permitir manter
a construção e a reparação naval em Viana do Castelo", enfatizou.
O titular
da pasta da Defesa recordou que, "infelizmente, o processo de
reprivatização não pôde ocorrer porque ajudas ilegais concedidas entre 2005 e
2011, na ordem dos 181 milhões de euros, foram notificadas pela DGCOM".
A
Martifer terá um período de cerca de três meses até assumir totalmente a
subconcessão, cujo contrato é válido até 31 de Março de 2031. Pelos terrenos,
infraestruturas e equipamentos dos ENVC, o grupo privado vai pagar ao Estado
uma renda anual de 415 mil euros.
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