O
presidente executivo do ABN Amro mascarou-se de drag queen para dar
lições de gestão aos seus
funcionários.
PÚBLICO 17/01/2014 - 13:02
Num evento interno, o banqueiro e antigo
ministro das Finanças da Holanda comparou a gestão de um banco à de
um bordel.
No
inicio deste
mês Gerrit Zalm,
presidente executivo Banca do ABN Amro, dirigiu-se aos colaboradores do banco holandês nacionalizado da forma mais
inesperada possível: vestido de drag queen. Num exuberante vestido azul eléctrico, Zalm apresentou-se em palco como
Priscilla. E Priscilla apresentou-se
como a irmã
de Zajm, dona de um
bem-sucedido bordel, a quem este se dirigiu em
busca de conselhos de gestão.
Segundo a CNN, a exibição teve lugar num evento anual
para colaboradores do ABN Amro onde a administração costuma fazer um balanço do desempenho
da instituição. De acordo com Priscila, o “irmão” mandou-a
em sua substituição por considerar que os seus funcionários têm
muito a aprender com os funcionários
dos bordéis.
A revista Fortune,
que começa a sua notícia sobre o episódio com uma “nota para os outros CEO:
Isto não está OK. Mas, desejavelmente, eles nem sequer têm dúvidas sobre isso”,
revela que Priscilla comparou o seu negócio ao dos bancos, pois o seu também
tem “um bom front office e um excelente back offfice”.
Entre outras
pérolas, a “irmã mais nova” de Gerrit Zalm sublinhou que o seu negócio “não tem
qualquer problema em atrair colaboradoras femininas de excelência” e que “os
seus clientes preferem gestores de cliente mais novos”.
Entre os
conselhos que afirmou ter dado ao “irmão”, Priscilla referiu ainda o facto de
incentivar os seus colaboradores a “acarinharem relações de longo prazo com os
seus clientes” e “procurarem sempre exceder as suas expectativas”.
O artigo da Fortune,
assinado pelo editor Stephen Gandel, aponta que “o mau gosto” no ABN Amro vai
além do seu presidente (e ex-ministro das Finanças e antigo vice-primeiro-ministro
holandês), pois, na passada quinta-feira, o
banco divulgou o vídeo com a performance de Priscilla no seu próprio canal de
YouTube.
A Fortune
cita ainda um porta-voz do banco holandês que explicou que este episódio teve
lugar num evento informal para colaboradores e que não é a primeira vez que
Zalm se mascara, ainda que tenha sido a sua estreia como drag queen. A
exibição “vai ao encontro do sentido de humor holandês”, escreveu o porta-voz,
num email, acrescentando que o vídeo é “um grande, grande sucesso na Holanda”,
onde a prostituição é legal.
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