Carlos Costa diz que programa português foi desenhado à pressa. FOTO: Jorge Miguel Gonçalves/NFactos
PÚBLICO 16/01/2014 – 09:58
O endividamento das empresas públicas agravou-se desde
que a equipa da chegou a Portugal e aumentou mais de 565 milhões de euros,
revela nesta quinta-feira o Diário de Notícias.
As revelações foram feitas por Carlos Costa,
governador do Banco de Portugal, durante um encontro com os eurodeputados que
estiveram em Portugal, na semana passada, para avaliarem a intervenção da troika
em Portugal.
Carlos Costa diz que ao longo de 2012 até
houve uma redução do endividamento, mas o ano encerrou acima do ponto de
partida e a situação continuou a deteriorar-se em 2013. No ano passado, as
contas voltaram a descontrolar-se e a dívida do sector empresarial do Estado
deverá rondar os 47 mil milhões de euros.
De acordo com o jornal, Carlos Costa
lembrou, durante o encontro com a equipa do Parlamento Europeu, que "o
programa [português] teve de ser desenhado em tempo recorde". Além disso,
não previa uma linha dedicada a cobrir as necessidades de financiamento das
empresas públicas, através de garantias, enquanto os bancos tiveram direito a
uma almofada de 12 mil milhões de euros para apoiar a sua recapitalização.
Em Março de 2011, a dívida total do sector
empresarial do Estado ascendia a 27% do PIB, o ano seguinte
encerrou com 27,7% e os dados mais recentes revelam que o rácio da dívida
rondará os 28,4%.
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