10 de Junho de 2018 20:34
Presidente leonino fala de um artigo de opinião, publicado pelo DN a 30 de abril último, no qual aborda a situação financeira do Sporting e, em especial, a previsível diminuição da participação da Holdimo no capital da SAD
Bruno de Carvalho esteve este domingo em Alenquer onde falou aos sócios sobre os momentos conturbados por que tem passado o clube a que preside.
E começou por esclarecer quando se deu o início da turbulência, apontando o dedo à Holdimo, empresa detida por Álvaro Sobrinho.
"O início de tudo não foi o post de Madrid [em que criticou a exibição da equipa leonina após a derrota frente ao Atlético de Madrid para a Liga Europa], mas sim a minha entrevista ao DN, onde abri o livro sobre a reestruturação financeira e disse que em 2019 o Sporting ia ter quase 90% da SAD.
Por isso, a Holdimo faz o que faz.
Não é o meu futuro em jogo, é o vosso.
O que pode acontecer se sair é que vem outra pessoa e vende as VMOC's à Holdimo e amortiza as que sobrarem e os sportinguistas perdem o controlo da SAD.
É uma belíssima jogada de xadrez que resulta.
O busílis da questão é que não querem que o clube seja maioritário na SAD", referiu o presidente dos verdes e brancos.
Aqui importa referir que Bruno de Carvalho fala de uma entrevista ao DN quando na verdade se tratou de um artigo de opinião, datado de 30 de abril último, que pode reler aqui..
E depois explicou porque não se demite: "Ninguém tem de se demitir pela vontade de uma Mesa da Assembleia Geral ou de um Conselho Fiscal e Disciplinar.
Têm de ser os sócios a votar, pelos estatutos.
Não saímos porque não vamos voltar costas ao clube.
Se o nosso trabalho fosse tão mau, não fariam ameaças ou ofereceriam empregos e dinheiro, férias de três meses às famílias com destinos paradisíacos.
A Comissão de Fiscalização foi buscar quatro pessoas que fizeram os artigos contra mim mais reles que eu já vi.
Porque é que vão buscar quatro elementos cujo currículo é dizer mal de mim?
Nessa comissão há três pedidos de expulsão de sócio, de mim e de membros do CD.
O esquema montado era expulsar-nos e assim já não haveria AG de dia 23", acusou para depois deixar um desafio.
Quando cheguei todos os jogadores podiam rescindir por justa causa, porque tinham ordenados em atraso
"Se é esta golpada e tomada de poder que os sportinguistas querem, então é preferível segunda-feira os sócios irem aos serviços do clube e no prazo de oito ou dez dias é marcada uma AG, sem truques, e é assegurada a segurança com fuzileiros e a marinha, com as universidades do Minho, Porto, Coimbra, Lisboa.
Não temos problema se a decisão for sair.
Ninguém está agarrado a nada.
Saímos pelo nosso pé se for essa a decisão.
Se não for para sair, precisamos de paz para trabalhar.
Quando cheguei todos os jogadores podiam rescindir por justa causa, porque tinham ordenados em atraso.
Se houver uma AG de destituição, em nome das minhas filhas que eu voto a favor dela. Para dizerem que mais isento não posso ser.
Não vejo razão nenhuma para sair.
Seremos sempre leais e honestos, sérios e trabalhadores.
Sou o presidente com mais votos de sempre.
Admito que não queiram que seja presidente, mas não admito que ponham em causa a nossa honra", terminou.
Sem comentários:
Enviar um comentário