SPORTING
Rita Carvalho Pereira
03 DE JUNHO DE 2018 - 19:05
Num comunicado, a direção e a Comissão Executiva da SAD do Sporting defendem que a sua manutenção nos cargos é do "superior interesse do clube".
O Conselho Diretivo e a Comissão Executiva da SAD do Sporting garantem que Jorge Jesus nunca foi demitido.
Num comunicado divulgado este domingo na página oficial do clube, a Direção e a SAD do Sporting afirmam que o despedimento do treinador é "totalmente falso", mas não fazem qualquer referência às conversações em curso para a rescisão do contrato de Jorge Jesus.
"É totalmente falso que, alguma vez, Jorge Jesus tenha sido despedido, que lhe tenha sido oferecida a renovação de contrato ou que o treinador tenha feito qualquer tipo de chantagem com uma possível rescisão por justa causa", lê-se no comunicado.
A direção do clube desvalorizou também veemente os processos desencadeados na Justiça para a sua destituição - nomeadamente, pela Holdimo, segundo maior acionista da SAD do Sporting.
Na nota publicada, o Conselho Diretivo alega que o clube está "em normal atividade" e que o presente ano "é o melhor da história" do Sporting "no que respeita a títulos europeus e nacionais", somando-se ainda um equilíbrio das contas e um "crescimento de 60 mil associados", nos últimos cinco anos.
"Não consideramos credível que um tribunal considere não ser dos superiores interesses do Clube a continuação de uma direção que tem no currículo os melhores resultados desportivos e financeiros de sempre", declara a direção, acrescentando que um tribunal não deverá pronunciar-se "a favor da destituição de uma direção e administração, por causa de processos de rescisão sem sentido e por chantagens".
Quanto às rescisões de contratos já apresentadas por alguns jogadores, como Rui Patrício e Daniel Podence, e premeditadas por outros, a direção volta a apelar aos atletas para "refletirem bem (...) e para que voltem atrás".
Sobre a transferência de clube do capitão de equipa dos leões, Rui Patrício, que não chegou a ser concretizada, o Sporting pede à Gestifute, empresa que representa o jogador, para que deixe as "atuações circenses" e responda se exigiu ou não mais de 7 milhões de euros para finalizar a operação.
Recordando que o descalabro da polémica no Sporting aconteceu depois dos episódios de violência por adeptos de uma claque leonina para com os jogadores e a equipa técnica do clube, o Conselho Diretivo e a SAD voltam a condenar os "atos de violência e todas as formas de coação".
A nota apela ainda aos "atletas, equipas técnicas e elementos do staff que sejam alvo de ameaças, a si ou às suas famílias" para que comuniquem de imediato a situação, "para que sejam tomadas todas as medidas necessárias à sua proteção".
Por último, o comunicado aborda a recente substituição da Mesa da Assembleia-Geral (MAG) do clube por uma mesa de caráter transitório.
"A Mesa da Assembleia-Geral Transitória está suportada na Lei", garantem a Conselho Diretivo e a Comissão Executiva da SAD do Sporting.
"O que foi feito é absolutamente legal, tal como todas as decisões seguintes da MAG transitória".
"Não entendemos nem aceitamos esta continuação de tentativa de golpe por parte dos antigos órgãos sociais que se demitiram", dizem, indicando que as eleições para os órgãos em questão já estão marcadas para 21 de julho.
"Se já não se identificam com este projeto ganhador, então devem deixar os Associados decidir", concluem.
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