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quarta-feira, 27 de junho de 2018

PJ baptizou como "Operação Tutti Frutti" buscas ao PS e PSD

JUSTIÇA
António José Vilela e Carlos Rodrigues Lima
27 de Junho de 2018   11:13 

Inspectores da Unidade Nacional Contra a Corrupção chegaram à sede de Lisboa dos sociais-democratas durante a manhã desta quarta-feira. Veja as imagens exclusivas.

Inspectores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ) e o Ministério Público (MP) estão a realizar buscas à Comissão Distrital de Lisboa do PSD e à Concelhia de Lisboa do PS, que fica na sede da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS (FAUL). 
A SÁBADO apurou que a operação da Judiciária e do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa decorre também nos serviços centrais da Câmara de Lisboa, nos serviços de Urbanismo da autarquia, no Campo Grande, nas juntas de freguesia do Areeiro, Santo António e da Estrela. Mas também em outras cidades do país. 

Pouco depois das 9,30h, uma equipa de inspectores da Judiciária e procuradores do Ministério Público chegaram à sede distrital do PSD/Lisboa, onde deram início às buscas na sede distrital dos sociais-democratas. 
Esta operação foi baptizada como "Tutti Frutti".
Em causa estão suspeitas da prática de crimes económico financeiros decorrentes da contratação de pessoal e da adjudicação directa de serviços a empresas ligadas ou controladas por dirigentes políticos sobretudo do PSD. 
Um processo crime dirigido pela procuradora-adjunta Andrea Marques, 40 anos, a magistrada que também tem em mãos o caso dos emails do Benfica. 
Agora, um dos principais visados na operação é o social-democrata Carlos Eduardo Reis, conselheiro nacional do PSD, ex-presidente da JSD de Braga que apoiou Santana Lopes nas últimas directas para a liderança do partido. 
Carlos Reis controla várias empresas que ganharam inúmeras adjudicações directas de autarquias controladas pelo PSD e também pelo PS.
A ligação entre as autarquias em causa e o dirigentes do PSD foi revelada, em 2017, pelo jornal Observador. 
Carlos Eduardo Reis e outros militantes sociais-democratas são suspeitos de integrarem uma espécie de teia de relações de negócios com juntas de freguesia de Lisboa dominadas pelo PSD. 
As contas feitas pelo jornal apontavam para cerca de 1 milhão de euros em avenças e adjudicações directas de serviços.

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