Sofia Esteves Teixeira
14 de Junho de 2018 às 18:33
Battaglia revela na carta de rescisão ter recorrido a um psicólogo
Na carta de rescisão de Rodrigo Battaglia, o médio argentino revela que recorreu a ajuda psicológica após as agressões em Alcochete e considerou "estranho" o treino da equipa de futebol feminino, que estava marcado para o mesmo dia, ter sido cancelado.
"Desde o momento da minha chegada à Argentina, tirei alguns dias para refletir e avaliar tudo o que aconteceu no clube nestes últimos tempos e no modo como esses factos me atingiram a nível pessoal.
Até fiz algumas consultas psicológicas antes de tomar uma decisão.
Cheguei à conclusão que me é impossível continuar com a relação de trabalho e voltar ao clube, tendo em vista os factos ocorridos", começou por escrever o argentino na carta de rescisão partilhada pelo jornal "O Jogo".
No mesmo documento, Battaglia afirma que "desde meados da temporada, o presidente do clube [Bruno de Carvalho] começou a fazer uma pressão (...) sobre a equipa" e achou "estranho" nenhum dirigente estar presente em Alcochete no dia das agressões.
"Ao chegar ao centro de treinos, naquele dia, o representante da equipa, que estava sempre presente, não se encontrava no local, nem mesmo os outros dirigentes lá estavam. Inclusive, o treino da equipa feminina marcado para aquele dia tinha sido suspenso de forma imprevista", salientou o jogador, descrevendo os ataques de que foi alvo.
"Chegou um momento em que tinha cinco ou seis sujeitos a agredirem-me, a ameaçar-me de morte e a golpear-me enquanto eu me tentava proteger.
De repente, senti um golpe tremendo nas costas.
Tinham-me dado com um garrafão de água de 25 litros.
É realmente estranho como naquele dia, de treino antecipado, não houvesse dirigentes nem segurança alguma, nem mesmo qualquer pessoa no local.
A conduta do clube foi, no mínimo, negligente"", atirou o médio.
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