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sábado, 16 de junho de 2018

Sindicato dos jogadores arrasa Bruno de Carvalho

Rescisões
Semanário de 16 de Junho de 2018
Hugo Franco, Pedro Candeias

Advogado que preparou as cartas de rescisão dos futebolistas garante que estranho seria se as cartas de rescisão fossem diferentes

Um mês depois do que se passou em Alcochete, o advogado Tiago Rodrigues Bastos garante que os ultras do Sporting se acalmaram. 
E não tem informação de que os jogadores do clube tenham voltado a ser alvo de ameaças por parte da Juve Leo. 
Também não receberam novos SMS do presidente do Sporting, que revelou nos últimos dias várias mensagens de WhatsApp trocadas entre ele e alguns dos jogadores que rescindiram com o clube. 
“São mensagens que não fazem sentido com a realidade. 
São datadas e apenas para inglês ver”, acusa o líder da equipa jurídica do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol.

Tiago Rodrigues Bastos, que dá apoio a sete dos nove futebolistas que rescindiram com justa causa com o Sporting, não tem dúvidas de que Bruno de Carvalho está a fazer bluff quando afirma que se demite caso estes voltem para Alvalade. 
“É um discurso retórico destinado a criar um soundbite para iludir o que está verdadeiramente em questão. 
Se estivesse de facto preocupado com o Sporting ter-se-ia simplesmente demitido e pedido desculpa aos jogadores”, diz Tiago Rodrigues Bastos.

O advogado revela os bastidores das reuniões do último mês, em que esteve não só com os atletas Rui Patrício, Podence, William Carvalho, Bruno Fernandes, Gelson Martins, Bas Dost e Rúben Ribeiro (Battaglia e Rodrigo Leão não fizeram parte deste grupo) mas também com os seus empresários e advogados.

Na redação das cartas de rescisão, dois dos principais focos foram a agudização do relacionamento de Bruno de Carvalho com os jogadores, que criou “condições, quando não incentivo, à violência das claques” — que culminou na invasão de 15 de maio —, e o “completo abandono” do presidente em relação aos atletas após os episódios na Academia. “Os factos não deixam dúvidas quanto ao crescendo de animosidade dos adeptos para com a equipa, em muito potenciada, se não mesmo promovida, por sucessivas manifestações públicas do presidente.”

O advogado desvaloriza os argumentos de Bruno de Carvalho, que criticou o facto de estas cartas terem uma redação muito semelhante entre si. 
“Estranho seria se fossem diametralmente diferentes umas das outras. 
Não se andou a mudar a letra ou a trocar os verbos com os substantivos para fingir diferenças.” 
Em tese, poderia ser uma carta coletiva, já que “todos vivenciaram os mesmos factos lamentáveis”. 

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