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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

“Se a Grécia sair, quem irá a seguir? Portugal?”, pergunta Yanis Varoufakis

9/2/2015, 7:21  1.928 PARTILHAS
Edgar Caetano

Um alerta de Yanis Varoufakis para Portugal e para toda a zona euro. 
Se a Grécia sair da união monetária, esta irá "desmoronar-se como um castelo de cartas", garante o ministro das Finanças da Grécia.

O ministro das Finanças da Grécia lançou no domingo um “alerta contra qualquer pessoa que esteja a considerar uma estratégia que passe por amputar a Grécia da zona euro, porque isso seria muito perigoso“. 
Yanis Varoufakis pergunta: “E quem irá a seguir, depois de nós? 
Portugal? 
O que vai acontecer quando Itália se aperceber que é impossível continuar presa ao colete de forças da austeridade?”

Em entrevista à cadeia televisiva italiana RAI, citada pela Reuters, Yanis Varoufakis avisa que se a Grécia sair da zona euro outros países irão, inevitavelmente, seguir-se-lhe e a união monetária irá “desmoronar-se como um castelo de cartas“. 
“O euro é frágil. 
E, como quando se constrói um castelo de cartas, se retirarmos uma carta que é a Grécia, o castelo irá colapsar”, afirma o ministro das Finanças da Grécia.

Varoufakis esteve em Roma no final da semana passada, onde esteve reunido com o seu homólogo italiano Pier Carlo Padoan. 
Aí, recebeu palavras de apoio – como o primeiro-ministro Alexis Tsipras já tinha recebido de Matteo Renzi – mas foi-lhe dito que não há margem para qualquer perdão de dívida. Mas, segundo Varoufakis, essa foi a mensagem oficial, porque nos bastidores o discurso foi diferente.

“Responsáveis políticos italianos, não posso dizer de qual grande instituição, abordaram-nos para nos dizer que nos apoiam mas não podem dizer a verdade porque a Itália também está em risco de bancarrota e têm medo da reação da Alemanha“, afirmou o ministro das Finanças grego. 
“Porque, convenhamos, a dívida de Itália é insustentável“, atirou.

Em Roma, Yanis Varoufakis voltou a pedir uma renegociação dos pagamentos de dívida e mais tempo para que o governo a que pertence negoceie um “novo acordo” com os credores. 
O grego tem, também, insistido num programa massivo de investimentos em vários países europeus liderado pelo Banco Europeu de Investimento (BEI).

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