Helena Roseta diz que Miguel Relvas era "uma pessoa que não sabia distinguir fronteiras"
Carolina Reis (www.expresso.pt) |
18:00 Sexta feira, 22 de junho de 2012
Helena Roseta acusa Miguel Relvas de querer favorecer uma empresa onde trabalhava Pedro Passos Coelho, na época em foi secretário de Estado.
Miguel Relvas tentou favorecer uma empresa em que trabalhava Pedro Passos Coelho quando foi secretário de Estado da Administração Local, entre 2002 e 2004, do Governo de Durão Barroso.
A acusação foi feita ontem pela ex-presidente da Ordem dos Arquitectos na SIC Notícias.
Helena Roseta recordou ao Expresso o episódio que se passou com o agora ministro: "O senhor secretário de Estado chamou-me porque havia a possibilidade de Portugal se candidatar a um programa comunitário de formação para arquitetos municipais, mas a única condição era que fosse a empresa do dr. Passos Coelho a dar a essa mesma formação".
Helena Roseta, então presidente da Ordem dos Arquitetos, não se recorda do ano em que o episódio se passou, nem da empresa a que Miguel Relvas se referia, mas considerou que a condição não era aceitável, que se deveria realizar um concurso público, e o acordo não avançou.
"Considero importante recordar este episódio para se perceber a personalidade de uma pessoa que agora está envolvida numa polémica em que há afirmações contraditórias", disse Helena Roseta referindo-se ao caso em que o ministro é acusado de fazer "pressões inaceitáveis" ao jornal "Público".
"Na altura, percebi que era uma pessoa que não sabia distinguir fronteiras", frisa ao Expresso.
Contactado pelo Expresso, o assessor de imprensa do ministro Miguel Relvas disse desconhecer as declarações de Helena Roseta, mas que acha estranho estar-se a falar de um caso que terá acontecido há dez anos.
O programa comunitário em causa era o FORAL, que se destinava a promover a formação profissional de funcionários municipais.
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