Será mais provável o Chipre receber mais ajuda financeira dos parceiros europeus do que sair da zona euro, diz a Der Spiegel
13/2/2015, 16:59 170 PARTILHAS
Nuno André Martins
Revista alemã diz que os responsáveis discutiram possibilidade de Chipre sair do euro em caso de saída da Grécia.
Saida de ambos os países será considerada comportável.
O Eurogrupo já terá discutido o cenário da saída da Grécia da zona euro e também do Chipre, em caso de saída da Grécia, noticia nesta sexta-feira a revista alemã Der Spiegel. Numa altura em que os técnicos da troika se começaram a reunir com as autoridades gregas para iniciar os trabalhos técnicos relacionados tendo em vista a reunião do Eurogrupo de segunda-feira, a revista alemã diz que todos os cenários estão em cima da mesa.
A possibilidade de saída da Grécia do euro fez com que os responsáveis europeus colocassem também a possibilidade de Chipre ter de abandonar a moeda única, devido à ligação muito próxima que tem com a economia grega (o Chipre e a Grécia são os únicos dois países da zona euro que permanecessem sob programas de resgate).
Ainda assim, diz a revista, será mais provável o Chipre receber mais ajuda financeira dos parceiros europeus do que sair da zona euro.
Nas discussões, os responsáveis da zona euro ter-se-ão demonstrado convictos que um eventual abandono dos dois países da união monetária seria suportável, numa altura em que a crise está mais controlada e as condições nos mercados estão mais estáveis, mesmo com a crise na Grécia a ganhar novos contornos.
Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade, citado pela revista, não parece tão confiante.
A saída da Grécia da zona euro teria consequências graves e acabaria por ser a solução mais cara para todos, não apenas para a Grécia, mas também para a Alemanha e os restantes países do euro.
Trabalhos em curso
Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo, voltou a meter a aquecer o debate e diz-se “pessimista” quanto à possibilidade de um acordo na reunião de segunda-feira.
À televisão holandesa, Dijsselboem mostrou-se “muito pessimista” quanto à possibilidade se chegar a um acordo na segunda-feira, depois de na quarta-feira a reunião extraordinária não ter chegado a acordo nem para um comunicado conjunto.
O programa da Grécia termina no próximo dia 28 de fevereiro, após uma extensão de dois meses concedida ao anterior Governo.
O atual Governo não quer estender o programa, pedindo antes aos parceiros um corte parcial no valor da sua dívida.
O Governo grego, citado pelo jornal grego Khatimerini, diz que o caminho em direção a um acordo ainda não foi percorrido mas que já foram dados passos importantes nesse sentido.
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