1/2/2015, 23:36 325 PARTILHAS
Agência Lusa
O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, defendeu hoje menos austeridade e uma "estratégia de crescimento" para a Grécia, esperando que Atenas possa continuar a fazer parte da zona euro.
O presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Barack Obama, defendeu hoje menos austeridade e uma “estratégia de crescimento” para a Grécia, esperando que Atenas possa continuar a fazer parte da zona euro.
“Não se pode continuar a apertar os países que estão numa depressão profunda.
Em algum momento tem de haver uma estratégia de crescimento para que esses países possam pagar as suas dívidas e reduzir os seus défices”, afirmou Barack Obama numa entrevista à CNN divulgada hoje, depois de ter sido questionado sobre a situação na Grécia.
O presidente norte-americano admitiu que a Grécia tem uma “necessidade extrema” de reformar a sua economia, mas salientando que “é muito difícil iniciar essas mudanças quando o nível de vida da população caiu cerca de 25 por cento”.
Segundo números da agência noticiosa France Presse (AFP), a economia grega contraiu-se cerca de 25% desde 2008.
Após cerca de seis anos de recessão económica e já no segundo resgate internacional, o novo Governo grego, liderado pelo Syriza (partido anti austeridade de esquerda), pretende alcançar um novo acordo com os credores internacionais.
“Espero que a Grécia possa permanecer na zona euro, o que requer compromissos dos dois lados”, disse Barack Obama, considerando que “existe o reconhecimento por parte da Alemanha e de outros países de que seria melhor” que Atenas se mantivesse na união monetária “do que fora dela”.
O presidente norte-americano disse ainda estar “preocupando com o crescimento económico” na Europa, defendendo que “são importantes reformas estruturais e prudência orçamental” em grande parte dos países europeus.
Considerando que “a melhor forma” de reduzir o défice “é crescer”, Barack Obama sublinhou ainda que “numa economia que está em queda livre é necessária uma estratégia de crescimento e não apenas o esforço de apertar cada vez mais uma população que está a sofrer cada vez mais”.
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