Testemunhos
Os portugueses que viviam em França não escaparam às perseguições nazis e, por vezes, envolveram-se intensamente no combate à ocupação alemã. Alguns não sobreviveram à sua passagem pelos campos, outros puderam regressar a França e recomeçar as suas vidas. Hoje, 70 anos depois, cabe aos seus familiares guardar as suas histórias. Alguns contaram-nas à Revista 2.
Maria BarbosaFrançois Vallon, marido
François e Maria estiveram casados mais de 40 anos, até à morte da portuguesa, em 2008, que sobreviveu à passagem por três campos de concentração, incluindo Bergen-Belsen.
Ela sempre quis esquecer os horrores vividos na Alemanha nazi, mas antes de morrer, pediu ao marido que divulgasse a sua história, junto das autoridades portuguesas.
Casimiro Martins
François Martins, sobrinho
François ainda não tinha feito três anos quando o tio e padrinho Casimiro foi deportado para a Alemanha nazi.
Quando chegou à reforma e se viu com tempo nas mãos, François quis reconstituir a história do algarvio.
Conseguiu-o e Casimiro juntou o seu nome à história da aldeia nos Pirenéus franceses, para onde emigrara.
Michael Fresco
Alberto Fresco, primo
Michael Fresco morreu em Auschwitz, cerca de um mês depois de ter sido deportado para este campo de concentração alemão em território polaco.
O português vivia, na altura, em França.
Por cá, o primo Alberto Fresco reúne os fragmentos da sua história, feitos de memórias familiares.
Amélia Martins, sobrinha
Quando o comunista Luiz Ferreira, emigrado em França, regressou a Portugal, no pré-25 de Abril, nasceu uma relação de proximidade com a sobrinha Amélia, que iria durar até à morte do português, que esteve preso no campo de concentração de Buchenwald.
É ela quem guarda o espólio do tio Luiz.
Sem comentários:
Enviar um comentário