Boris Berezovsky afirmou em entrevista à BBC2 que Andrei Lugovoi terá envenenado Litvinenko
Berezovsky confirmou a acusação
14:14 Terça feira, 6 de fevereiro de 2007
Envenenado por Polónio-210 em Novembro, Alexander Litvinenko morreu vítima da radioactividade dias depois. O seu carrasco poderá ter sido o empresário russo Andrei Lugovoi.
O antigo espião do KGB, Alexander Litvinenko, envenenado no passado mês de Novembro, admitiu no leito de morte que o responsável pelo seu assassinato foi Andrei Lugovoi.
A confirmação foi feita pelo seu amigo, também exilado em Londres, Boris Berezovsky.
O oligarca russo foi entrevistado num programa da BBC2 e aproveitou para confirmar algumas suspeitas que se arrastavam há semanas, tendo repetido as palavras de Litvinenko, já contaminado pela radiação: “Penso que Lugovoi esteve envolvido no meu envenenamento”.
Fontes policiais confirmaram também à BBC que “o envenenador mais provável” é Lugovoi, que recusa qualquer acusação e afirma que também ele foi vítima de envenenamento radioactivo.
O russo acusa ainda os meios de comunicação britânicos de “mentiras” e que devia estar a ser tratado com testemunha e não como suspeito.
Russos em Londres
As autoridades policiais russas a investigarem a morte de Litvinenko, já pediram autorização para se deslocarem a Inglaterra.
O objectivo é entrevistar alguns dos exilados russos a residirem no país, entre eles o “denunciador” Berezovsky.
A polícia metropolitana já confirmou o pedido e assegurou que a decisão será tomada dentro de dias.
Boris Berezovsky já se disponibilizou para falar com as autoridades russas: “Fui eu que dei esta ideia à Scotland Yard e estou inteiramente disponível para me encontrar com pessoas vindas da Rússia, se isso ajudar na investigação do Alexander.”
O oligarca no exílio instiga as autoridades policiais britânicas a fazerem o mesmo.
“A Scotland Yard tem de falar comigo sobre o que sei do Alexander.”
Alexander Litvinenko era uma das vozes mais incómodas à liderança de Vladimir Putin no Kremlin, e apesar de ter escrito uma carta onde faz acusações sérias e directas ao Presidente russo, entre elas, o envolvimento no seu envenenamento, o Kremlin, na voz de Putin, descartou sempre qualquer responsabilidade.
A restante comunidade russa exilada em Londres, não se compadece com o que considera mentiras e continua a ver na figura de Putin o principal suspeito pela morte de compatriota.
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