Benfica
Marco Gonçalves/Rui Miguel Gomes
15 Setembro 2018 às 15:36
Em março, quando foi constituído arguido no caso e-Toupeira, colocou o cargo à disposição, mas Vieira segurou-o.
Agora, com a SAD também acusada, prepara-se para colocar fim a ciclo de 12 anos
Depois de ter resistido ao pedido de demissão de março, logo após ter sido constituído arguido no processo e-Toupeira, Paulo Gonçalves prepara-se agora para sair mesmo do Benfica.
Apesar de estar ainda, segundo apurou O JOGO, a trabalhar normalmente - ainda ontem esteve na Luz -, conduzindo diversos processos relevantes para a SAD encarnada, o assessor jurídico tem prevista a oficialização da sua saída na próxima semana.
O assunto será discutido na reunião do Conselho de Administração da sociedade benfiquista, após a qual deverá ser ratificado o abandono.
A iniciativa partiu do próprio Paulo Gonçalves, após ter visto a SAD ser também constituída arguida no caso no qual o Ministério Público acusa as águias de terem retirado benefícios da violação, através de dois funcionários judiciais, de casos em segredo de justiça.
No epicentro do e-Toupeira, no qual é acusado de 79 crimes, entre eles corrupção ativa, oferta ou recebimento indevido de vantagem, Paulo Gonçalves é o braço-direito de Luís Filipe Vieira, que sempre manteve total confiança no advogado, que chegou ao clube em 2006, há 12 anos, pela mão de José Veiga.
"Este clube nunca deixa ninguém para trás.
A solidariedade entre todos é um dos segredos dos nossos resultados", chegou a atirar o presidente encarnado, em março, manifestando, ainda que sem proferir o nome de Paulo Gonçalves, a defesa ao assessor jurídico da SAD, que viu na quinta-feira o vice-presidente Varandas Fernandes admitir a existência de "questões pessoais" do "até ao dia de hoje", disse, "funcionário" do Benfica, afirmando acreditar na sua inocência.
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