CIDADES
Catarina Carvalho 28 Julho 2018 — 13:21
O prédio da controvérsia esteve à venda na imobiliária Porta da Frente - Christie's, de luxo, para possível investimento em alojamento local.
O prédio de Ricardo Robles, o vereador do Bloco de Esquerda que defende o controlo do alojamento local e critica a especulação imobiliária, esteve à venda precisamente para esse fim, na brochura de Fevereiro da imobiliária Christies - Porta da Frente, especialista no mercado do luxo.
Este anúncio falava de um "prédio totalmente remodelado com 728 m2 de área bruta privativa".
E referia muito claramente que o prédio era bom "para investimento em área prime de Alfama".
Até porque, referia, os apartamentos estavam "prontos" para serem "utilizados em Short Term Rental":
"Todos possuem cozinha equipada, vidros duplos, ar condicionado e piso em madeira tábua corrida".
Segundo a brochura, o preço proposto era 5,7 milhões de euros.
O prédio tem 11 apartamentos e três lojas, 728 metros quadrados, e está "localizado em frente ao Terminal de Cruzeiros de Lisboa, ao lado do Museu do Fado e do charmoso Largo do Chafariz de Dentro".
Este é o prédio da polémica, que, segundo o Jornal Económico foi comprado em 2014 e levou obras de reabilitação no valor de 650 mil euros.
O vereador do Bloco de Esquerda, que ao longo dos últimos anos tem estado na primeira linha da denúncia contra a especulação imobiliária, reagiu às notícias em conferência de imprensa: "Não há nada de reprovável na minha conduta."
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