REINO UNIDO
Lusa
10 de Março de 2018, 14:14 actualizado a 10 de Março de 2018, 18:37
Espião envenenado no Reino Unido ainda se encontrava com o MI6.
Skipral e o seu antigo contacto falavam em inglês e russo de negócios.
A polícia britânica identificou mais de 200 testemunhas e está a avaliar mais de 240 provas na investigação ao envenenamento de um antigo espião russo que foi exposto a um gás que afecta os nervos.
O nome do gás não foi revelado pela ministra do Interior britânica, Ambar Rudd, que este sábado deu uma conferência de imprensa a fazer o ponto da situação da investigação.
O homem, Sergei Skripal, de 66 anos, era informador dos serviços secretos britânico, MI-6. Traiu dezenas de agentes russos antes de ser detido em Moscovo em 2004.
Condenado a 13 anos de prisão, foi libertado em 2010 numa troca de espiões e vive desde então no Reino Unido.
No domingo passado, foi encontrado inanimado num banco de um centro comercial da cidade de Salisbury juntamente com a filha, Iulia, de 33 anos.
Ambos estão em estado muito grave.
"As duas vítimas continuam hospitalizadas e críticas, mas estáveis", disse a ministra que esteve em Salisbury.
Sergei Skripal continuava a encontrar-se todos os meses num restaurante com o seu antigo contacto no MI6, revela o jornal The Times na edição deste sábado.
Falava em inglês e em russo com o seu antigo contacto no MI6, diz o The Times, que revela um dos temas das conversa eram negócios na Polónia.
O jornal põe em dúvida que Skripal ainda trabalhasse para os serviços secretos.
Outras 21 pessoas que estavam no centro comercial foram expostas ao gás mas sem gravidade.
Já a primeira pessoa a chegar perto do antigo espião e da filha, o polícia Nick Bailey, está em estado grave mas já prestou as primeiras declarações aos investigadores.
O Governo enviou para a cidade equipas militares para garantirem que não há contaminação e para investigar o que se passou.
No decorrer da investigação foi exumado o túmulo da mulher de Skripal, Liudmila, que morreu de cancro em 2012.
O túmulo onde estão as cinzas do filho do antigo espião, Alexandr, também foi isolado e analisado - morreu no ano passado, aos 43 anos de insuficiência hepática.
As suas cinzas foram levadas de São Petersburgo, onde morreu, para serem sepultadas no Reino Unido.
Os investigadores tentam identificar a origem do agente químico para perceberem quem está por detrás do envenenamento.
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