DN/Reuters
28 DE DEZEMBRO DE 2017 16:19
O lançamento do satélite Meteor-M a partir do Cosmódromo de Vostochny
Vice-primeiro-ministro russo admitiu falha humana. Satélite custou quase 40 milhões de euros
O vice-primeiro ministro russo, Dmitry Rogozin, anunciou ontem que o fracasso do lançamento de um satélite no valor de 2,6 mil milhões de rublos russos (cerca de 37,67 milhões de euros) no mês passado deveu-se a um embaraçoso erro de programação.
A agência espacial russa Roscosmos revelou, em outubro, ter perdido contacto com o recém-lançado satélite meteorológico Meteor-M, depois deste ter sido lançado a partir do Cosmódromo de Vostochny, localizado no extremo oriente do país.
No mesmo foguetão, foram lançados outros dezoito satélites menores, propriedades de empresas de ciência e investigação da Rússia, Noruega, Suécia, Estados Unidos da América, Japão, Canadá e Alemanha.
Rogozin, em declarações ao canal estatal Rossiya 24, reconheceu que houve um erro humano, uma vez que o foguetão que transportava os satélites tinha sido programado com as coordenadas erradas: o lançamento estava predefinido para o Cosmódromo de Baikonur - que o Cazaquistão arrenda a Moscovo -, mas foi feito de Vostochny.
"O foguete estava programado como se tivesse sido lançado a partir [do Cosmódromo] de Baikonur, referiu Rogozin.
"Puseram as coordenadas erradas".
O centro espacial de Vostochny, situado na floresta densa de taiga na região de Amur, é a primeira plataforma civil de lançamentos espaciais na Rússia.
Em abril do ano passado, após atrasos vários que levaram a exceder os custos orçamentados, a Rússia lançou o primeiro foguetão a partir do Cosmódromo de Vostochny. No dia previsto para o lançamento estava presente o presidente russo, Vladimir Putin, que acabou por assistir a mais um adiamento forçado - para o dia seguinte - devido a uma falha técnica.
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