Sofia Rodrigues
14 de Dezembro de 2017, 11:35
Manuela Duarte Neves
Coordenadora do departamento jurídico apela ao primeiro-ministro para não permitir que a instituição seja encerrada.
A coordenadora do departamento jurídico da Raríssimas, Manuela Duarte Neves, afirmou que a instituição está paralisada e que deixou de ter acesso às contas bancárias para fazer pagamentos por não ter uma direcção em funcionamento.
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Em conferência de imprensa, esta manhã, na Casa dos Marcos, a responsável, que falava enquanto porta-voz dos trabalhadores, apelou directamente a António Costa: “Senhor primeiro-ministro, a nossa casa está a funcionar bem. Não deixe que a nossa casa feche.”
Manuela Duarte Neves pede uma comissão de gestão ou outra estrutura de gestão legítima — “sem conflito de interesses” — para se poderem realizar pagamentos e outros actos administrativos. “Quem tem acesso às contas [bancárias] não nos dá”, afirmou, referindo que a instituição “paralisou” e que não tem meios para fazer pagamentos, mas escusando-se a especificar o tempo que pode durar este impasse.
“Não temos quem decida legitimamente”, afirmou. A responsável disse ter ouvido o primeiro-ministro “bem-disposto”, esta manhã, e por isso apelou: “Deixe-nos bem-dispostos também.”
Relativamente aos mecenas, Manuela Duarte Neves disse ter “notícia pessoalmente” de que alguns não vão colaborar “até que a presidente, o marido e o filho” não estejam na instituição.
A Raríssimas está a ser alvo de uma inspecção por parte da Segurança Social, depois de uma reportagem da TVI ter relatado que a presidente, Paula Brito e Costa, pagou despesas pessoais com verbas da instituição. Paula Brito e Costa anunciou ter saído da instituição, mas até agora desconhece-se se apresentou formalmente o pedido de demissão. O único director que está em funções é Nuno Branco, mas, segundo Manuela Duarte Neves, não basta para desbloquear acesso às contas.
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