CRÓNICA
Rita Pimenta
4 de Fevereiro de 2018, 7:34
A frase latina “dura lex sed lex” significa “a lei é dura, mas é a lei”.
Ou seja, “apesar de exigir sacrifícios, a lei deve ser cumprida”.
Pelos juízes também
É difícil ficar indiferente às designações que a Polícia Judiciária escolhe para as operações que realiza.
Ora provocam sorrisos, ora causam estranheza.
As mais recentes são: Fizz, Check Out e Lex.
A primeira (Fizz) envolve o procurador Orlando Figueira, numa acusação de branqueamento de capitais e corrupção passiva, por alegadamente ter arquivado em troca de dinheiro dois processos em que Manuel Vicente, ex-vice-presidente de Angola, era investigado.
A segunda (Check Out) teve como efeito a detenção de 17 suspeitos de desviarem centenas de milhares de euros por furto e falsificação de cheques da Segurança Social.
Finalmente, Lex, palavra latina que significa “lei” e que foi escolhida por envolver investigação a juízes.
Informações de sábado: “Mais de 200 milhões de euros.
É este o impressionante montante que o Ministério Público e a Polícia Judiciária conseguiram apreender à guarda da investigação conhecida como Rota do Atlântico, o inquérito que deu origem ao caso de corrupção que envolve o juiz da Relação de Lisboa, Rui Rangel, e a ainda sua mulher Fátima Galante, também juíza-desembargadora.
O processo Rota do Atlântico investiga indícios de corrupção internacional e branqueamento de capitais, envolvendo os empresários José Veiga e o seu sócio Paulo Santana Lopes, altos governantes congoleses e multinacionais poderosíssimas, como o grupo Gunvor, ligado à comercialização de petróleo, e a Asperbras” — grupo brasileiro.
“Lei” traduz-se, num dicionário comum, por “preceito escrito que emana da autoridade soberana do Estado e que impõe a todos os cidadãos a obrigação de se submeterem a ela, sob pena de serem punidos”.
A frase latina “dura lex sed lex” significa “a lei é dura, mas é a lei”.
Ou seja, “apesar de exigir sacrifícios, a lei deve ser cumprida”. Pelos juízes também.
A rubrica Palavras, expressões e algumas irritações encontra-se publicada no P2, caderno de domingo do PÚBLICO
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