Público
27 de Fevereiro de 2018, 7:48
Muitos deputados têm assumido uma posição de protesto em relação à liderança de Fernando Negrão na bancada do PSD, mas Rio diz estar disponível para colaborar com “todos aqueles que quiserem trabalhar”.
Uma semana depois do fraco resultado da eleição do novo líder da bancada parlamentar social-democrata, o antigo ministro da Justiça Fernando Negrão (que reuniu apenas 35 votos em 89), acontece a primeira reunião da bancada parlamentar: é já esta quinta-feira.
Ainda que o líder social-democrata não vá estar presente nesta reunião, Rui Rio admite ao Diário de Notícias, nesta terça-feira, que vai manter uma “estreita articulação” com o grupo parlamentar.
Depois de se encontrar com Marcelo Rebelo de Sousa na segunda-feira, Rio disse ainda que só se tenciona reunir com os deputados quando todo o processo de eleição da nova direcção estiver concluído.
Rio quer trabalhar com os 89 deputados da bancada, mas é peremptório: “Aqueles que não quiserem colaborar assumem essa responsabilidade de não colaborar, vou trabalhar com todos aqueles que quiserem trabalhar”.
E ainda não definiu com que frequência assistirá às reuniões: “Tudo dependerá dos temas políticos do momento e da própria dinâmica da bancada parlamentar”.
Alguns deputados mais críticos estranharam a ausência de Rui Rio na Assembleia da República e esperavam que o novo líder reunisse com a bancada.
Num clima de tensão, os parlamentares têm vindo a reagir, muitos numa posição de protesto contra a candidatura de Fernando Negrão.
“Deputado não é funcionário do PSD”, comentou o deputado do PSD Madeira, Paulo Neves, nas redes sociais.
Já João Marques Almeida, professor universitário que ajudou a elaborar o programa de Pedro Santana Lopes como independente, diz, citado pelo i, que existe um “problema complicado de legitimidade democrática”: “Se os deputados foram eleitos com um mandato político diferente da orientação da actual liderança, a quem devem eles a sua lealdade política, ao eleitorado?
Ou ao novo líder?”
Ao i, uma fonte próxima de Rio diz que este ficou “indiferente” às pressões parlamentares. “Quem achar que uma votação parlamentar apoquenta o que Rio
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