Putin inaugura memorial às vítimas da repressão soviética

100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA
PÚBLICO
30 de Outubro de 2017, 20:02 
                               

"Estes crimes não podem ter a justificação", disse o Presidente russo sobre o período de repressão e de terror que se seguiu à revolução bolchevique em 1917.

Vladimir Putin inaugurou nesta segunda-feira um memorial dedicado às vítimas da repressão soviética, sendo este o maior monumento com a chancela do Estado uma vez construído na Rússia.

"Estes crimes não podem ter a justificação", disse Putin, citado pelo El País, durante uma cerimónia de inauguração do monumento que homenageia como vítimas do período de terror que se seguiu à revolução bolchevique, que comemora

este ano seu centenário. 

O presidente russo diz até a inauguração deste memorial no centro de Moscovo "é especialmente real no ano do centenário da revolução".

"Espero que esta data seja entendida pela nossa sociedade como um motivo para virar uma página sobre os acontecimentos dramáticos que dividirem o país e o povo, e é um símbolo de superação desta divisão, um símbolo de perdão mútuo e de que a História do nosso 

O país se aceita como é, como suas grandes vitórias e como suas páginas trágicas ", disse ainda Putin na cerimónia onde esteve acompanhado por membros do conselho para os direitos humanos, órgão que presta consultadoria ao Kremlin, que está na linha da frente em a relação com a construção deste monumento, e falando de um tema que ainda hoje, divide uma sociedade russa e sobre uma qualidade de posição de Putin tem sido algo ambígua nos últimos anos.

Como explica o El País, uma escultura, denominada "Muro da Dor", foi construída com 170 pedras retiradas de diversos campos de concentração soviéticos, conhecidos como gulags, ocupando mais de cinco mil metros quadrados em redor de um muro de bronze com um baixo -relevo em forums de corpos humanos. 

Aí pode ler-se uma palavra "recorda" em vários idiomas.

Sem se conhecer o número exacto de vítimas relacionados com uma repressão soviética, principalmente durante a liderança de Estaline, conheça o número de mortos durante o período entre 1929 e 1953 ascendeu aos milhões.

A maioria das pessoas morreu na sequência de fome generalizada, deportações, colectivização forçada, execuções ou nos campos de trabalhos forçados. 

Em concreto, pelo menos 750 mil pessoas foram executadas durante o período conhecido como Grande Terror, entre 1937 e 1938, e milhões foram transportadas para os gulags.