CIDADES
Carlos Ferro 30 Julho 2018 — 13:58
PSD de Lisboa quer conhecer processo de licenciamento do edifício comprado por Ricardo Robles |
Deputados do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa já pediram acesso ao processo de licenciamento relacionado com o imóvel comprado pelo ex-vereador do Bloco de Esquerda, que já não tinha "condições políticas" para continuar na autarquia
Quando foi Ricardo Robles notificado pela Câmara Municipal de Lisboa a fazer obras no imóvel da Rua do Terreiro do Trigo?
Como foi feito o processo de licenciamento?
Que queixas contra as obras foram apresentadas por terceiros?
Estas são algumas da questões que os deputados do PSD eleitos para a Assembleia Municipal querem ver respondidas.
Para o conseguir entregaram na tarde desta segunda-feira um requerimento na AM a pedir o acesso a todo o processo relacionado com o prédio situado em Alfama e que o ex-vereador do Bloco de Esquerda comprou por 347 mil euros em 2014 num leilão promovido pelo Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social.
De acordo com o presidente da concelhia lisboeta do PSD, Paulo Ribeiro, o partido tem dúvidas sobre o processo "e por isso pediu o acesso aos documentos.
Só depois de os analisar é que vamos ver se há matéria para levantar outras questões". Entre as dúvidas está o facto de "não ser linear que naquela zona se possa autorizar mais um andar", explicou ao DN.
No entanto, não deixa de salientar que, na altura de todo este processo - entre 2014 e 2016 - Ricardo Robles era "deputado municipal e o líder da bancada do Bloco de Esquerda na Assembleia Municipal".
Quando ao pedido de renúncia ao cargo de vereador por parte do representante do Bloco de Esquerda na autarquia, o presidente da concelhia de Lisboa do PSD diz que o partido "congratula-se com a decisão [de demissão de Ricardo Robles].
Era evidente que não tinha condições políticas" para continuar no cargo.
Para Paulo Ribeiro era claro que o ex-vereador apresentava "inconsistências evidentes entre a sua ação enquanto cidadão e enquanto vereador".
E que esta decisão é "natural e vem de encontro ao que o PSD exigiu logo após os primeiros esclarecimentos".
O responsável social-democrata frisa que este anúncio, por um lado, "dá razão ao PSD de Lisboa" e "retira razão à coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, que no sábado disse que a ação do vereador não tinha nada de mal.
E que estava em linha com a ação do Bloco.
Isto parece-me duas conclusões claras para a renúncia".
(noticia atualizada com a referência ao pedido do PSD de acesso ao processo de licenciamento)
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