segunda, 25 setembro 2017 11:17
Se até 2014, a taxa de inflação e a taxa de câmbio se mantiveram estáveis, denotando uma estratégia eficaz na condução da política macroeconómica pelo Executivo, já a partir do segundo semestre do mesmo ano, instalou-se um clima de instabilidade e de incerteza no mercado, derivado de um grande desequilíbrio entre a procura e a oferta de divisas.
Como consequência, a taxa de inflação acumulada anual que, desde de 2012, se situava em apenas um dígito, voltou a ultrapassar os 40 por cento, no primeiro semestre de 2017.
O mercado viu-se mergulhado numa crise cambial sem paralelo nos últimos dez anos, não só devido à quebra do preço do petróleo, mas por corte de relações com os bancos correspondentes norte-americanos que descobriram no sistema financeiro angolano graves fragilidades de supervisão.
A nota de 100 dólares que antes da crise era vendido a dez mil kwanzas, passou para 60 mil kwanzas no mercado informal, e para 16,5 mil kwanzas no mercado formal.
O FED (banco central norte-americano) impôs uma série de regras aos bancos correspondentes de Angola e estes deixaram de vender dólares ao país, exigindo uma melhor organização do sistema financeiro.
Em Maio do ano passado, o governador do BNA chegou a prometer a redução das fragilidades internas susceptíveis de colocar o país à margem do sistema financeiro mundial, aplicando um novo pacote de medidas denominado “Projecto de Adequação do Sistema Financeiro Angolano às Normas Prudenciais e Boas Práticas Internacionais”.
O novo instrumento visou o aprimoramento dos mecanismos de controlo e supervisão do sistema financeiro nacional em sintonia com os procedimentos do sistema internacional.
O BNA passou então a impor uma autoridade de supervisão com capacidade para impor regras.
(JÁ)
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