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terça-feira, 14 de março de 2017

Últimas buscas da Operação Marquês realizadas esta terça-feira

MARIANA OLIVEIRA
14 de Março de 2017, 21:06

O alvo foi o Grupo Espírito Santo. Não estão previstas mais buscas. Estão marcados três interrogatórios até quinta-feira.

Ricardo Salgado, ex-líder do GES, será um dos corruptores activos de José Sócrates.

Aquelas que devem ser as últimas buscas da Operação Marquês foram realizadas esta terça-feira. 
O alvo, avançou o Expresso online e confirmou o PÚBLICO, terá sido o Grupo Espírito Santo (GES). 
Não é conhecido o objectivo desta diligência. 
A esmagadora maioria dos 23 milhões de euros que José Sócrates terá recebido em alegadas 'luvas' estarão associadas a este grupo, que alegadamente pagou contrapartidas ao ex-primeiro-ministro para este enquanto responsável político favorecer os interesses do GES. 
Ricardo Salgado, o antigo líder do grupo e do banco, terá dado a ordem de pagamento.

Não estão previstas mais buscas, estando agendados apenas mais três interrogatórios, dois esta quarta-feira e um esta quinta. 
Ainda não é possível perceber se o Ministério Público vai conseguir cumprir o prazo dado pela procuradora-geral da República e que terminará na próxima sexta-feira. 
Será ouvida no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), em Lisboa, nesta quarta-feira, Sofia Fava, a ex-mulher do antigo líder do PS, dia em que também deverá ser ouvido Diogo Gaspar Ferreira, presidente da empresa que gere o empreendimento de Vale do Lobo, no Algarve. 
Na quinta-feira será a vez de Joaquim Barroca Rodrigues, ex-vice-presidente do grupo Lena. 

Falta ainda ao Ministério Público receber as respostas de duas duas cartas rogatórias. 
Uma foi remetida às autoridades angolanas, a pedir a constituição como arguido de José Bernardo Pinto de Sousa, empresário e primo de Sócrates, já antes referenciado no processo Freeport. 
É o beneficiário de várias offshores que transferiram montantes avultados para Carlos Santos Silva alguns dos quais passaram pelas contas de Joaquim Barroca. 
Tal pode levar o Ministério Público a autonomizar o processo relativamente a este arguido, uma estratégia que pode ser usada relativamente a outros aspectos da investigação que não estejam suficientemente comprovados. 
Está ainda pendente uma outra carta rogatória remetida para a Suíça.

O Ministério Público é obrigado a confrontar todos os arguidos com os factos relevantes recolhidos durante a investigação, o que justifica esta última ronda de interrogatórios. 

meoliveira@publico.pt

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