14 de Março de 2017, 20:27
Isto significa que quaisquer actos de investigação praticados a partir daí são ilegais, concluem.
A fase de inquérito da Operação Marquês terminou esta segunda-feira à meia-noite, afirmam os advogados do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
Isso significa que quaisquer actos de investigação praticados a partir daí no âmbito da Operação Marquês são ilegais, concluem.
Em conferência de imprensa, os representantes legais do antigo líder socialista afirmaram que o prazo de 180 dias dado pela Procuradora-Geral da República aos procuradores titulares do inquérito para encerrarem a investigação não acaba esta sexta-feira, como sempre foi dito, mas já findou, à luz da contagem de prazos que faz.
“Pedimos à Procuradora-geral da República que nos mande notificar do despacho de arquivamento [do inquérito e que mandasse suspender quaisquer diligências em curso]”, revelaram João Araújo e Pedro Delille.
"Talvez o Ministério Público pense que isto é o da Joana.
Mas não é, é o da lei", ironizou João Araújo, que admite vir a reclamar daquilo que considera mais uma ultrapassagem de prazos ao juiz de instrução criminal Carlos Alexandre.
"Provavelmente o Ministério Público nem se deu ao trabalho de contar o prazo", observou o advogado, para quem este processo "termina como começou: sem factos, sem provas", e "envergonhando a justiça".
"Eu tinha uma grande expectativa de que me fosse apresentada uma lista dos beneficiários das luvas do negócio da Portugal Telecom", disse também João Araújo.
"Pedimo-la várias vezes.
Mas foi-nos respondido que não havia lista nenhuma, que era o grande às de trunfo", lamentou.
Para a seguir enveredar pelo segundo trocadilho da noite: "Não apareceu nem o ás, nem o rei, nem o marquês.
Só duques.”
abhenriques@publico.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário