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sábado, 3 de janeiro de 2015

"Um ano de escolhas decisivas para o futuro do país", diz Cavaco Silva


O presidente da República durante a mensagem de Ano Novo no palácio de Belém em Lisboa 

Luísa Meireles |
21:00 Quinta feira, 1 de janeiro de 2015


Presidente apela à contenção das forças políticas, pede clareza nas propostas eleitorais e reclama que se comece a preparar o período pós-eleitoral.


Na sua tradicional mensagem de Ano Novo, a penúltima antes de terminar o seu mandato, Cavaco Silva considerou 2015 como "um ano de escolhas decisivas" devido às eleições e apelou à contenção das forças políticas, ao mesmo tempo que interpelou portugueses e partidos a preparar desde já o período pós-eleitoral.

Em simultâneo, lançou um aviso: como membro da zona euro, Portugal está sujeito às exigências de disciplina orçamental e de sustentabilidade da dívida pública, pelo que "não pode regredir para uma situação semelhante àquela a que chegou em princípios de 2011", ou seja, quando foi obrigado a recorrer à ajuda externa.

Referindo-se às eleições, nas quais considerou essencial "evitar crispações e conflitos artificiais" (um tema sempre presente nas suas últimas intervenções), o Presidente foi mais além e pediu clareza nas propostas às forças partidárias, "de forma a que os cidadãos possam avaliar as suas implicações".

"Há que evitar promessas demagógicas e sem realismo", salientou. 
"Os partidos e agentes políticos têm de demonstrar que são um exemplo de transparência, responsabilidade e civismo para os portugueses".

Preparar desde já o período pós-eleitoral
Para Cavaco Silva, "não é só a seguir às eleições que se constroem soluções governativas estáveis". 
Aparentemente, o Presidente pretende que desde já e antes do ato legislativo, os partidos comecem a preparar esse desfecho, de modo a que, como afirmou, o período pós-eleitoral corresponda "a um tempo de confiança" interna e externamente.

É nesse contexto que sublinha que "o espírito de abertura" que deve inspirar esse período, não deve "ser prejudicado por excessos cometidos na luta política que antecede o sufrágio".

No aspeto económico, o Presidente sublinhou que há melhorias e que até se deve "olhar o futuro com confiança", mas não deixou de ligar essa questão ao ambiente no país: "é preciso criar condições políticas para que esta tendência [de crescimento da economia] se reforce no ano que agora começa"

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