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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Rússia perdeu satélite. Programou foguetão para sair do local errado

Espaço
DN/Reuters
28 DE DEZEMBRO DE 2017 16:19
O lançamento do satélite Meteor-M a partir do Cosmódromo de Vostochny

Vice-primeiro-ministro russo admitiu falha humana. Satélite custou quase 40 milhões de euros

O vice-primeiro ministro russo, Dmitry Rogozin, anunciou ontem que o fracasso do lançamento de um satélite no valor de 2,6 mil milhões de rublos russos (cerca de 37,67 milhões de euros) no mês passado deveu-se a um embaraçoso erro de programação.

A agência espacial russa Roscosmos revelou, em outubro, ter perdido contacto com o recém-lançado satélite meteorológico Meteor-M, depois deste ter sido lançado a partir do Cosmódromo de Vostochny, localizado no extremo oriente do país.

No mesmo foguetão, foram lançados outros dezoito satélites menores, propriedades de empresas de ciência e investigação da Rússia, Noruega, Suécia, Estados Unidos da América, Japão, Canadá e Alemanha.

Rogozin, em declarações ao canal estatal Rossiya 24, reconheceu que houve um erro humano, uma vez que o foguetão que transportava os satélites tinha sido programado com as coordenadas erradas: o lançamento estava predefinido para o Cosmódromo de Baikonur - que o Cazaquistão arrenda a Moscovo -, mas foi feito de Vostochny. 
"O foguete estava programado como se tivesse sido lançado a partir [do Cosmódromo] de Baikonur, referiu Rogozin. 
"Puseram as coordenadas erradas".

O centro espacial de Vostochny, situado na floresta densa de taiga na região de Amur, é a primeira plataforma civil de lançamentos espaciais na Rússia.

Em abril do ano passado, após atrasos vários que levaram a exceder os custos orçamentados, a Rússia lançou o primeiro foguetão a partir do Cosmódromo de Vostochny. No dia previsto para o lançamento estava presente o presidente russo, Vladimir Putin, que acabou por assistir a mais um adiamento forçado - para o dia seguinte - devido a uma falha técnica.

Rússia perde contacto com primeiro satélite angolano

Espaço
DN/LUSA
27 DE DEZEMBRO DE 2017 11:09

Lançamento do Angosat foi comemorado em Luanda com fogo-de-artifício

A Rússia perdeu esta quarta-feira o contacto com o primeiro satélite angolano de telecomunicações Angosat, lançado na terça-feira do cosmódromo de Baikonur no Cazaquistão, segundo uma fonte espacial russa.

Receia-se um novo revés um mês após a perda de um outro aparelho.

"O contacto cessou temporariamente, perdemos a telemetria", indicou a mesma fonte à agência France Presse, dizendo esperar restabelecer o contacto com o satélite.

O Angosat representa um investimento do Estado angolano de 320 milhões de dólares (269,6 milhões de euros) e o seu lançamento foi comemorado em Luanda com fogo-de-artifício.

Angola tornou-se assim no sétimo país africano, ao lado da Argélia, África do Sul, Egito, Marrocos, Nigéria e Tunísia, com um satélite de comunicações em órbita.

O aparelho, construído por um consórcio estatal russo, foi lançado com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmo, empresa espacial estatal da Rússia, e estava em período de teste até março, aproximadamente.

Na semana passada, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse que comercialmente 40% da capacidade do satélite já estava reservada e que o Estado angolano estima a recuperação do investimento em pelo menos dois anos.

Angola garante que foi retomado contacto com o satélite Angosat em órbita

Espaço
DN/Lusa
28 DE DEZEMBRO DE 2017 18:47


Governo angolano fala em "problema de comunicação durante a abertura dos painéis" solares

As autoridades angolanas garantiram esta quinta-feira que já foi retomado o contacto com o primeiro satélite angolano, Angosat, lançado terça-feira em órbita, no Cazaquistão, e que seguem os trabalhos de conformação e verificação de qualidade dos serviços.

Em causa estão notícias avançadas, quarta-feira, um dia após o lançamento, por vários órgãos de comunicação social, que davam conta que a Rússia havia perdido contacto com o satélite angolano, um investimento do Estado angolano de 320 milhões de dólares (269,6 milhões de euros).

"As nossas equipas angolanas e russas que estão envolvidas no processo estão a trabalhar arduamente e é com alguma satisfação que anunciamos que o satélite voltou a estar em comunicação com a estação de Baikonur", disse o secretário de Estado para as Tecnologias de Informação, Manuel Homem.

O governante angolano admitiu que houve sim "um problema de comunicação, que ocorreu durante o processo de abertura dos painéis em órbita", mas "o que de facto interessava informar é que o Angosat está em órbita".

"É importante que possamos perceber que o Angosat é um satélite, que, enquanto infraestrutura, vai para um ambiente novo e é normal que pudesse ocorrer alguma situação anormal de adaptação ao ambiente", referiu.

De acordo com Manuel Homem, os técnicos continuam a trabalhar para identificar que razões levaram a essa interrupção das comunicações, apesar de que esta "é uma situação que se prevê não voltar a acontecer", embora salvaguardando que "é sempre imprevisível".

Manuel Homem considerou o processo crítico, numa altura em que os técnicos estão bastante empenhados, de maneira que se possa garantir que os serviços se restabeleçam, com a qualidade para o qual foi desenhado o Angosat.

Acrescentou que Angola tem um Centro de Controlo e Emissão de satélites e neste momento, a partir de Luanda, há contacto com o Angosat.

O secretário de Estado para as Tecnologias de Informação disse que a mesma informação oficial sobre o restabelecimento da comunicação oficial com o Angosat deverá ser igualmente divulgada pela agência espacial russa, Roscosmos, através do seu site de internet.

"É uma informação partilhada com as equipas técnicas e Angola está neste caso a anunciar aquilo que é a nossa parte enquanto responsabilidade do projeto", disse.

O aparelho, construído por um consórcio estatal russo, foi lançado com recurso ao foguete ucraniano Zenit-3SLB, envolvendo ainda a Roscosmo, empresa espacial estatal da Rússia, e estava em período de teste até março, aproximadamente.


Na semana passada, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse que comercialmente 40 por cento da capacidade do satélite já estava reservado e que o Estado angolano estima a recuperação do investimento em pelo menos dois anos.

Navalni formalmente impedido de se candidatar contra Putin

RÚSSIA
23 de Junho de 2017, 16:32

O principal opositor de Vladimir Putin tinha anunciado a candidatura à presidência nas eleições do próximo ano. 
No entanto, a comissão eleitoral diz que o activista não tem esse direito por ter sido condenado por fraude.

O principal opositor de Vladmitir Putin, que tem organizado a grande maioria dos protestos contra o Kremlin, Alexei Navalni, foi formalmente impedido de se candidatar às eleições presidenciais que se realizam no próximo ano.

Segundo a BBC, a comissão eleitoral russa justifica a decisão pelo facto de Navalni ter sido condenado por fraude, o que torna a candidatura ilegal. Navalni diz que estes processos foram politicamente motivados.

O advogado e activista anticorrupção diz que vai recorrer da decisão, argumentando que apenas pessoas detidas estão impedidas de concorrer a eleições nacionais. 

Apesar de o seu partido não ter qualquer representante parlamentar, Navalni tornou-se a principal figura da oposição a Putin nos últimos anos. Em 2016, anunciou que se iria candidatar às presidenciais de Março de 2018 para fazer frente ao Presidente. Contudo, o facto de ter sido detido várias vezes e de ter sido condenado duas vezes a penas suspensas colocou em causa a candidatura.

Navalni tem organizado algumas das maiores manifestações contra o Kremlin dos últimos anos. A última das quais ocorreu no início deste mês, com Navalni a ser detido à porta de sua casa e condenado a 30 dias de prisão.

A "afilhada" de Putin vai candidatar-se às presidenciais russas

RÚSSIA
18 de Outubro de 2017, 17:59
Sergei Karpukhin é filha do mentor político de Putin

A apresentadora de televisão Ksenia Sobchak anunciou que ia concorrer. 
Navalni diz que ela faz o jogo do Kremlin.

Ksenia Sobchak, filha do mentor político de Vladimir Putin, e estrela de reality-tv, vai candidatar-se às eleições de Março de 2018, contra o Presidente. 
“Será uma caricatura de candidata”, afirmou Alexei Navalni, o líder da oposição que está impedido de concorrer contra Putin.

“O meu nome é Ksenia Sobchak, tenho 36 anos. 
E como qualquer outro cidadão da Rússia, tenho o direito de me candidatar à presidência. E decidi exercer esse dirreito”, afirmou a apresentadora num vídeo colocado online, citado pela Reuters.

Mas a filha do ex-presidente da câmara de São Petersburgo Anatoli Sobchak, um reformista democrata que influenciou Putin quando este trabalhou com ele, na década de 1990, não tem muita credibilidade política. 
Corre o rumor de que Putin é seu padrinho de baptismo. 
Tem criticado Putin algumas vezes e participou nos protestos em 2012 – mas este gesto é visto como um gesto útil ao Kremlin.

“Penso que mais do que candidatar-se, ela decidiu participar neste jogo nojento do Kremlin chamado ‘vamos arranjar um palhaço liberal para as eleições para distrair as atenções”, comentou Alexei Navalni, citado pelo Washington Post.

O Kremlin identificou Sobchak como o opositor ideal para concorrer contra Putin, noticiou o diário Vedomosti no mês passado, porque a novidade de uma mulher candidata às presidenciais seria o ideal para evitar o aborrecimento dos eleitores e combater a abstenção.

A candidatura do milionário Mikhail Prokhorov em 2012, que na altura era o terceiro homem mais rico da Rússia, teve o mesmo efeito nessas eleições – ganhou o voto de pessoas insatisfeitas com Putin, sobretudo em Moscovo. 
Mas acabou em terceiro lugar, apenas com 8%.

Espera-se que Vladimir Putin anuncie em breve a sua própria candidatura a um quarto mandato na presidência (não consecutivo, foi interrompido com um período como primeiro-ministro, alternando com Dmitri Medvedev), que o reconduzirá até 2024. 
A concretizar-se este plano, completará praticamente um quarto de século no poder – será o governante russo mais tempo no poder desde Estaline.

Putin confirma recandidatura às eleições presidenciais de 2018

RÚSSIA
João Ruela Ribeiro 6 de Dezembro de 2017, 14:54

Eleições que podem abrir a Putin as portas do seu quarto mandato estão marcadas para 18 de Março.

O Presidente russo, Vladimir Putin, confirmou esta quarta-feira que será candidato às eleições presidenciais do próximo ano, que poderão abrir as portas para o seu quarto e último mandato.

Durante meses, Putin evitou dar uma resposta definitiva quanto à possibilidade de se apresentar às eleições marcadas para 18 de Março. 
Porém, a recandidatura do homem que tem governado a Rússia – ora como Presidente, ora como primeiro-ministro – nas últimas duas décadas é vista como pouco surpreendente.

O líder russo parte de uma posição praticamente inabalável para assegurar a reeleição. Putin está à frente de todas as sondagens e os seus níveis de popularidade interna estão consistentemente acima dos 80%. 
A falta de uma oposição forte e organizada também beneficia o homem forte do Kremlin.

Em Junho, a comissão eleitoral impediu o mais conhecido activista anti-Putin, Alexei Navalni, de se candidatar às eleições, por ter sido condenado por fraude. 
Apesar de poucos lhe atribuírem chances reais para vencer Putin, Navalni tem sido a figura mais destacada no movimento de oposição ao regime actual. 
No final de Março, as denúncias que fez sobre um escândalo de corrupção que envolve o primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, deram origem a protestos muito participados em várias cidades russas.

“A Rússia irá sempre seguir em frente e ninguém irá travar o seu progresso”, declarou Putin, durante o discurso em que anunciou a recandidatura.

Putin revelou a decisão durante um encontro com trabalhadores de uma fábrica de automóveis em Nijni Novgorod, segundo a Reuters. 
De manhã, o Presidente russo tinha sido questionado sobre a possibilidade de se recandidatar durante uma cerimónia de atribuição de prémios em Moscovo, mas recusou dar uma resposta concreta.

“A minha pergunta para vós é: se tomar esta decisão, será que vocês e o povo irão apoiá-la?”, disse Puti dirigindo-se à plateia, que respondeu com aplausos, escreve o Moscow Times.

A limitação de dois mandatos consecutivos imposta pela Constituição torna muito provável que estes sejam os derradeiros anos de Putin no Kremlin, depois de ter chegado ao poder pela primeira vez em 2000 para suceder a Boris Ieltsin. 
Após ser reeleito, Putin afastou-se da presidência em 2008 para trocar de lugar com o então primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, e regressou após as eleições de 2012.

joao.ruela@publico.pt

Putin lança a candidatura que vai encerrar a sua era

RÚSSIA
João Ruela Ribeiro     6 de Dezembro de 2017, 20:04
Putin confirmou a sua recandidatura durante uma visita a uma fábrica de automóveis

O Presidente russo anunciou que é candidato às eleições do próximo ano e ninguém duvida da sua vitória. 
O que se segue é mais incerto.

Depois de meses em que evitou falar do assunto, Vladimir Putin decidiu finalmente confirmar a sua recandidatura às eleições presidenciais russas do próximo ano. 
Com uma popularidade elevada e sem uma oposição forte, há pouca margem para surpresas quanto à sua reeleição para um quarto mandato à frente do Kremlin. 
Mas o ciclo eleitoral que se abre a partir de agora tem um inegável perfume a fim de época. E abre-se uma questão: o que se segue a Putin?

Com Putin, as eleições nunca foram muito mais do que uma rotina para legitimar a sua liderança e as próximas, marcadas para 18 de Março, não serão diferentes. 
O líder russo parte de uma posição praticamente inabalável. 
A sua taxa de popularidade está há anos acima dos 80%, ancorada na percepção da maioria dos russos de que não existe uma alternativa viável à sua governação e de que Putin tem sido o principal responsável pelo regresso da Rússia ao grupo das grandes potências mundiais. 
Os altos índices de aprovação vivem ainda do efeito arrebatador que a anexação da Crimeia, em 2014, provocou junto da população russa.


Por outro lado, não se vislumbra uma oposição suficientemente sólida ou organizada para enfrentar Putin e a sua Rússia Unida, que controla a esmagadora maioria das instituições estatais e detém um monopólio sobre os órgãos de comunicação. 
Nos últimos anos, Alexei Navalni tornou-se no rosto mais reconhecido da contestação ao regime e, embora estando longe de unir sequer todos os que se opõem a Putin, tem constituído um dos factores mais difíceis de dominar por parte do Kremlin. 
Este ano, várias cidades russas foram palco de grandes manifestações – raras desde que Putin chegou ao poder – convocadas depois de Navalni ter denunciado um esquema de corrupção que envolve o primeiro-ministro, Dmitri Medvedev.

No entanto, Navalni está proibido pela comissão eleitoral de participar nas eleições por ter sido condenado pelo crime de fraude – que o activista diz ser “politicamente motivado”. 
Em Março, Putin terá apenas o desafio da oposição tradicional, cuja função é a de garantir uma competição eleitoral que pouco belisque as maiorias governamentais. 
Para além do veterano líder do Partido Comunista, Guennadi Ziuguianov, e do nacionalista Vladimir Zhirinovski, as eleições vão contar com a socialite Ksenia Sobchak, uma apresentadora de televisão filha do mentor de Putin, o ex-presidente da câmara de São Petersburgo, Anatoli Sobchak – que os analistas prevêem vir a ser pouco mais do que uma distracção mediática.

A grande preocupação para Putin e o seu círculo próximo é vencer a apatia e o cinismo de um eleitorado pouco mobilizado politicamente. 
A baixa participação nas eleições locais e regionais de Setembro foram um alerta para o Kremlin.

Se o desfecho das eleições parece decidido, a mais que provável recondução de Putin para um quarto mandato presidencial – que se for cumprido irá dar-lhe o título de governante russo mais tempo no poder desde Estaline – levanta a questão da sucessão. 
Poucos têm dúvidas de que este será o derradeiro mandato de Putin, que o irá terminar com 71 anos e sem poder recandidatar-se à presidência em virtude da limitação constitucional de mandatos.

“A discussão no seio da elite dirigente está focada não na próxima fase da era de Putin, mas sim no que virá a seguir”, escrevia na semana passada o analista do Centro Carnegie de Moscovo, e ex-conselheiro do Kremlin, Gleb Pavlovski.

A especulação em torno daquilo que serão os próximos seis anos está ao rubro entre analistas, políticos e jornalistas nos corredores do poder em Moscovo. 
Há, desde logo, a questão sobre o nome do sucessor, que poucos conseguem vislumbrar para já. 
A escolha do primeiro-ministro poderá fornecer uma indicação importante e é improvável que Medvedev se mantenha por causa da sua crescente impopularidade. 
“Aqueles que se mostrarem leais e eficientes podem entrar numa lista de futuros sucessores”, diz um ex-dirigente governamental ao Financial Times.

O que parece ser certo é que o ciclo eleitoral que se abre vai muito mais além dos próximos três meses.

joao.ruela@publico.pt

Navalni banido das presidenciais de Março de 2018

RÚSSIA
25 de Dezembro de 2017, 16:12

Opositor vai recorrer da decisão da Comissão Eleitoral.

A Comissão Eleitoral russa decidiu nesta segunda-feira impedir a candidatura do líder da oposição, Alexei Navalni, às eleições presidenciais de Março, argumentando que é inelegível porque já foi condenado pela Justiça.

Navalni disse que vai recorrer da decisão e apelou a que, caso não possa mesmo ser candidato, os seus apoiantes e opositores boicotem as presidenciais.

Navalni, de 41 anos, foi detido três vezes e acusado de violar a lei por promover comícios não autorizados. 
Porém, em Dezembro de 2014, foi considerado culpado pelo desvio de dinheiro na filial russa da empresa francesa Yves Rocher e condenado a três anos e meio de prisão, com pena suspensa. 
Navalni sempre contestou esta condenação, afirmando que este processo teve motivações políticas - só aconteceu, disse, para o impedir se ser candidato. 

Doze dos 13 membros da Comissão Eleitoral votaram pela proibição da participação de Navalni, que poderia ser o único verdadeiro opositor do Presidente Vladimir Putin. 


As sondagens mostram que Vladimir Putin deverá ser reconduzido no cargo com uma margem confortável, o que significa que pode ser Presidente até 2022

Putin apresenta-se como candidato independente às presidenciais

RÚSSIA
27 de Dezembro de 2017, 13:11
Putin apresentou os documentos para validar a sua candidatura

Kremlin diz que apelo de boicote às eleições do próximo ano lançado por Navalni pode ser ilegal.

Vladimir Putin apresentou esta quarta-feira a documentação necessária para se registar como candidato independente às eleições presidenciais de 2018, dias depois de o activista da oposição Alexei Navalni ter sido impedido de concorrer.

O Presidente russo dirigiu-se pessoalmente à sede da Comissão Central de Eleições para apresentar os documentos requeridos para que a sua candidatura seja aceite.

Putin decidiu concorrer às eleições de 18 de Março como candidato independente, prescindindo do apoio formal do partido Rússia Unida.

Na terça-feira, centenas de políticos e celebridades organizaram uma cerimónia em Moscovo para manifestar o seu apoio à candidatura do actual Presidente, com o lema “Presidente forte, Rússia forte”.

Com uma taxa de aprovação em torno dos 80%, Putin concorre praticamente sozinho e a sua reeleição para um quarto mandato presidencial está assegurada. 
Porém, o grande objectivo do líder russo é reforçar a sua legitimidade depois de quase 18 anos no poder – e, para isso, o seu círculo próximo vê como imprescindível uma participação elevada nas eleições.

Na segunda-feira, a Comissão Central de Eleições vetou a candidatura de Navalni, alegando que o activista é inelegível por ter sido condenado num caso de fraude em 2013. Nos últimos anos, Navalni tornou-se no rosto mais conhecido da oposição a Putin, sobretudo pelas denúncias de corrupção e desvio de dinheiros públicos contra figuras do regime.

Como resposta à proibição de se candidatar, Navalni instou os seus apoiantes para que boicotem as eleições do próximo ano. 
O Kremlin sugeriu que o apelo lançado pelo activista pode ser ilegal e abrir caminho a mais processos.

Esta quarta-feira, Navalni apelou à realização de manifestações em toda a Rússia a 28 de Janeiro

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Cooperação com portugal só com rendição do judiciário! - Raul Diniz

CLUB Club-k.net    dezembro 21, 2017

Luanda - As declarações bombásticas do ministro angolano das relações exteriores acerca da dos motivos que levaram a interrupção unilateral da cooperação com Portugal, deixaram perplexos até mesmo o cidadão menos informado. 
O ministro esforçou-se de tal maneira a barra, que quase deu a entender que Manuel Vicente estaria a ser perseguido politicamente pela justiça Portuguesa.
Fonte: Club-k.net

MPLA precisa urgentemente deixar de ser o falso moralista

Só faltou ao ministro dizer que o governo estaria pronto para fazer recurso ao instituto internacional da lowfare, para salvar Manuel Vicente de uma hipotética perseguição politica movida pelo sistema judicial português. Também a tentativa do PR transformar a instituição presidência da republica numa banca de advocacia, só para proteger e/ou defender corruptos consagrados da nossa praça politica, é um sofisma e um desserviço contra a democratização do país. Aliás, em um país de corruptos como Angola, não basta não ser corrupto, é preciso ser principalmente anti corrupto.
Até aqui, o governo e principalmente o ministro das relações exteriores não deram as caras para publicitar as razões que motivaram a blindagem a Manuel Vicente, nem apresentaram o motivo que os leva a impedir que MV vá a Portugal defender-se dos crimes de que é acusado pelo MP português!
O governo de João Lourenço quer a todo custo colocar de cócoras o governo de Portugal, demonstrar a esse uma inexistente força politica. 
Por outro lado, o PR deduz erradamente, que poderá sair fortalecido se conseguir humilhar e forçar a rendição do judiciário Luso.

Esse raciocínio politico é inaceitável e está a ser considerada dentro e foras das fronteiras de Angola como um posicionamento promiscuo inegavelmente de chantagem politica. 
O governo poderá fracassar e manchar ainda mais a imagem de Angola, caso não se afaste de nociva e malparida estratégia.

Incompreensivelmente o governo decidiu reforçar a sua tropa de choque, introduzindo na arena das opiniões confusas o ilustre advogado Sérgio Raimundo, que logo ao entrar em cena reforçou a tese do regime com juridicíssimo argumento da falsa perda de soberania. Está claro que a motivação de Sérgio Raimundo não passou de uma peça teatral muito mal encenada.

A linha de defesa retomada pelo ilustre advogado é a mesma defendida anteriormente pelo governo. 
Apenas foi introduzido nela considerações jurídicas inviáveis como se vê no texto publicado no Jornal de Angola.

A blindagem patrocinada pelo governo angolano a Manuel Vicente, tem causado enorme desconforto e frustrações que indignam a forte active social intelligence angolana. 
A publicação no artigo opinativo de Sérgio Raimundo em defesa de MV, é arcaico, demasiado estreito e difícil de decifrar a finalidade do extenso texto.

Se a intenção foi expor um novo ponto de vista com a vertente jurídica do direito internacional, então a intenção foi de todo um tremendo falhanço. 
Porém, se o gesto foi um ato isolado de explicita fidelidade politica alinhada com o antigo vice-presidente da republica, aí então é que o caldo foi totalmente entornado.

Porquanto não se vislumbra no texto qualquer enquadramento jurídico, eticamente respeitável que permita moralizar a justiça angolana. 
A dubiedade exposta mostra um tenebroso artificialismo no artigo, que expurga qualquer interpretação justificável dos motivos que levam o governo utilizar a instituição presidência da republica para blindar Manuel Vicente, o intocável militante da corrupção internacional.

O artigo expõe a fraqueza argumentativa jurídica, alem de existir nele uma dubiedade extensa do ponto de vista criminal que o torna ininteligível, eivado de falhas e com dozes elevadas de cinismo politico a mistura. 
Percebe-se também um fosso de nulidades contundentes que ferem irremediavelmente a intelligentsia dos operadores do direito.

Falando especificamente de Manuel Augusto, o ministro dos exteriores, apesar deste ser novo ministro das relações exteriores do establishment, na verdade não é tão novo assim, trata-se de um quadro volátil, com idas e retornos ao ministério das relações exteriores. Trata-se de um quadro da segurança de estado, onde exerceu nessa área o cargo de vice-ministro da segurança interna.

Daí, que a sua nomeação como ministro dos exteriores nada de significativa importância trouxe que ajude a retirar diplomacia da mediocridade em que se encontra atolada há 42 anos. 
Infelizmente o MPLA não consegue perder a postura péssima de falso moralista, e tudo faz para defender os ladrões que rouba gatuno. 
Coisa do partido-estado que estamos com ele.

O MPLA precisa urgentemente deixar de ser o falso moralista, sair do casulo e conviver de perto com gente que é gente de verdade. 
João Lourenço tem que fazer diferente e desistir de pensar que é igual a JES, fugir do culto de personalidade e sobretudo não pensar que é dono e senhor da verdade.

A tese do douto advogado possui duas interpretações de difícil aceitação, sobretudo no seio dos operadores do direito. 
A primeira está ligada a intenção de Angola assediar o governo de Portugal acenando-o com a explicita chantagem politica, isso representa a existência de um anticorpo nocivo, que a politiza de todo o processo de delito comum.

A segunda dificuldade é de interpretação a solo, e, centra-se na intenção de Angola impedir o judiciário português de operar dentro da legalidade institucional, com essa variante nota-se a intenção de poluir do processo e impossibilitar o exercício livre do direito, além de inviabilizar concomitantemente a administração da lei penal.

A opinião do ilustre advogado apresenta notáveis distorções inconciliáveis tanto do ponto de vista jurídico como do politico. 
Ou então o advogado está confundido, e tenta desviar as atenções da verdade processual, introduzindo nas entrelinhas o direito internacional somente para desvirtuar a inevitável presunção da culpa de Manuel Vicente.

Essa tese de Sérgio Raimundo, transporta consigo fragmentos perigosos que podem provocar uma situação grave de insegurança jurídica, também poderá eventualmente fraccionar em certa medida o judiciário português e impedi-lo de fazer livremente.

Incrivelmente o ilustre advogado ousou por em causa a legitimidade do judiciário português de fazer justiça, de maneira transcendental tentou defender o indefensável com a mecânica introduzida no artigo, esquecendo-se que a linha que separa a fronteira o certo e o errado é demasiado ténue e fácil de expor falaciosas inverdades escondidas a nu. 
O governo angolano unilateralmente entendeu congelar as relações com Portugal, a soberba tomou conta do novo governo e, como retaliação colocou em banho-maria a cooperação lucrativa com esse país.

O governo perdeu o tino e continua desestruturado da base a cúpula e continua a utilizar a mentira recorrente, só que desta vez recorreu ao astuto argumento estúpido da soberania angolana correr alegado perigo, só porque o judiciário português processou o cidadão angolano Manuel Vicente, então PCA da Sonangol. 
E essa hein! 
Chega ou querem mais?

A afirmação é taxativa, Angola desconstrói os alicerces que firmaram até aqui as relações de cooperação com Portugal. 
Para retornar ao dialogo, o regime acena com a chantagem político-económico insistindo que o governo português force o ministério publico a desistir de processar Manuel Vicente em Portugal. 
Angola quer Portugal se agache, aceite a humilhação de obrigar poder judicial em Portugal a render-se.

Porém foi em Portugal que Manuel Vicente nas vestes de PCA da Sonangol praticou o crime de corrupção e de lavagem de dinheiro. 
Assim sendo, trata-se de um caso meramente pessoal que envolve exclusivamente a sua pessoa que pode acontecer com qualquer cidadão, como alias, já aconteceu no passado longínquo.

Não se trata de nenhum caso envolvendo o estado angolano, a não ser que Manuel Vicente seja a cabeça o tronco e os membros da soberania do estado Angolano. 
Só assim seria possível anuir-se que a soberania de Angola corre perigo. 
É preciso rejeitar o desfasado garantimos politico e definitivamente rejeitar governismo elitista que reina no país. 
Pelo que se sabe, o MP português nunca processou o antigo vice-presidente da republica, nem mesmo a instituição do estado que ele representou no passado. 
A priori os argumentos apresentados por Sérgio Raimundo são inéditos e visa tão somente atingir um objectivo, que não é outro senão o de fragilizar, desacreditar e inviabilizar a acusação.

Além de tentar criar um impasse conflitante de deslealdade processual improprio para o caso em questão. 
Trata-se igualmente de uma tentativa nada republicana sem espaço no ordenamento jurídico, nem está amparada em qualquer acordo cooperação judiciária entre os dois países.

Não tem razão o doutor Sérgio Raimundo, ao tentar promiscuir com vileza a verdade processual em causa. 
O dr Sérgio Raimundo tentou contraditar a acusação, buscando audiência popular em defesa da acusação contra Manuel Vicente.

O país não comporta mais esse tipo de pressão (agiotismo) jurídico-político, o MPLA não formou governo para defender os seus criminosos de estimação. 
Não cabe mais blindar bandidos confessos no país. 
Em Angola deve apenas coexistir o principio da igualdade de direitos que proteja o Francisco e o Chico, chicote que bate em Chico também bate em Francisco.

Para o bem dos angolanos, o governo do MPLA tem que afastar-se da tentação de exercer o artificialismo justicialista altivo, que tem emperrado ao longo dos 42 anos, o exercício igualitário na aplicabilidade da justiça.

O que está aqui em causa não é o facto de se olhar para árvore sem ver ou não a floresta, é preciso que o dr Sérgio diga para que árvore ou floresta quer que os angolanos olhem? Quer que se olhe para a floresta da impunidade que graça entre os pseudo poderosos ladrões e corrupto que grassam no país?

Digo isso, porque na floresta existem árvores que se sustentam a si mesmas, algumas são parasitas e outras assassinam outras árvores mais fracas ou de menor dimensão. Igualmente habitam nas florestas criaturas perigosas, alem dos perigosos terrenos pantanosos e traiçoeiros, que podem sem hesitação desnudar aqueles que escondem verdades espúrias.

Fico perplexo escutar pessoas de inegável lisura e com conhecimentos validos da nossa historia, virem a público colocar achas na fogueira incandescente com a finalidade de alastrar ainda mais a fogueira da indignação.

Está claro que a instituição vice-presidência da republica não foi acusada de nada, por isso a soberania de Angola nunca esteve em perigo, por esta não ter cometido qualquer crime. Alias, as instituições não cometem crimes, as pessoas constituídas em poder, essas sim, cometem crimes.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

CLUB Fonte: Lusa    dezembro 22, 2017

Luanda - A recuperação económica e a diversificação da economia, entre a continuada crise petrolífera, voltam a centrar, em 2018, as previsões para Angola, agora governada por João Lourenço, perante a dúvida da continuidade de José Eduardo dos Santos na liderança do MPLA.
Fonte: Lusa

Empossado como terceiro Presidente da República de Angola a 26 de setembro, sucedendo a José Eduardo dos Santos e à sua liderança de 38 anos, João Lourenço admitiu em novembro as dificuldades que tem pela frente, desde logo ao colocar a tónica no combate à corrupção.

"Sei que existem inúmeros obstáculos no caminho que pretendemos percorrer, mas temos de reagir e mobilizar todas as energias para que esse cumprimento se efetive nos prazos definidos", apontou.

Seguiram-se dezenas de exonerações que terminaram com o legado do ex-chefe de Estado, incluindo a própria filha, Isabel dos Santos, que José Eduardo dos Santos colocou, 17 meses antes, na presidência do conselho de administração da petrolífera estatal, a estratégica Sonangol.

A decisão, juntamente a outras sempre associadas a uma rutura com o legado governativo do anterior Presidente, deu a João Lourenço uma popularidade que não tinha antes de ir a votos. 
Contudo, a legitimidade das urnas aparenta chocar com a liderança do partido que venceu essas mesmas eleições e que, por exemplo, já teve antes de aprovar a formação do novo Governo.

Em março de 2016, José Eduardo dos Santos, Presidente angolano e líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), anunciou que se retirava da vida política em 2018, mas sem nunca esclarecer em que moldes. 
Antes, entre março de 2016 e fevereiro de 2017, alimentou o tabu sobre a sua recandidatura ao cargo de Presidente da República.

Já com João Lourenço - que é também vice-presidente do partido -, como chefe de Estado, José Eduardo dos Santos viu o 'bureau' político do MPLA homenageá-lo, recordando-o como "arquiteto da paz" e "de quem os angolanos herdaram um país unido".

Antes, no final de outubro, foi a vez do comité central proferir uma declaração de apoio a José Eduardo dos Santos: "Exorta os militantes, os simpatizantes e os amigos do MPLA a cerrarem fileiras em torno do MPLA e do seu Líder, o camarada presidente José Eduardo dos Santos", pode ler-se no comunicado final da primeira reunião ordinária do comité central realizada após as eleições gerais.

É neste cenário, entre aparentes e constantes ameaças aos interesses da família de José Eduardo dos Santos e de um regime de quase quatro décadas, e a indefinição sobre a sua saída da liderança do partido, apesar de ter um mandato válido até 2021, que Angola entra em 2018.

Uma bicefalia que, mesmo sendo uma questão de partido, como admitiu à Lusa Manuel Vicente Inglês Pinto, comentador político e ex-bastonário da Ordem dos Advogados de Angola, deve ser rapidamente esclarecida.

"É um problema que afeta, e de que maneira, a sociedade. 
Não podemos ser ingénuos", afirma Inglês Pinto, embora sublinhando que a continuidade de ambos nos respetivos cargos não afeta a governação, pela separação entre partido e Governo, matéria em que a "Constituição é clara".

A convocatória, por José de Eduardo dos Santos, de um congresso extraordinário do MPLA para novas eleições para o partido é, para o jurista, de 60 anos, um dos mistérios de 2018.

Para Inglês Pinto, a abertura que se vê hoje em Angola não era possível "ainda há poucos meses", e que as críticas às mudanças, que deverão continuar em 2018, partem de "jovens inexperientes na vida".

João Lourenço "está a fazer o que está previsto na Constituição. 
Estamos no bom caminho, mas é preciso um trabalho de equipa", avisou.

"Sem medo algum de errar, digo que se o MPLA não levasse o discurso de combate à impunidade, à corrupção, de certeza absoluta que os resultados eleitorais não seriam estes. 
Não está a fazer mais do que cumprir as palavras da campanha eleitoral", disse

"Em última análise", sustentou Inglês Pinto, João Lourenço está a "cumprir com o programa do MPLA dos anos 50: o bem-estar da população, o desenvolvimento do país, a consolidação da expressão de uma independência total e completa".

No plano económico, com um crescimento insignificante em 2016 e pouco melhor em 2017, à volta de 1%, João Lourenço já fez saber que o próximo ano não será de facilidades.

Com um Orçamento Geral do Estado que só deverá entrar em vigor em março, atrasado devido às eleições gerais de agosto, o Governo liderado por João Lourenço aprovou um plano intercalar com medidas que o próprio documento, sem rodeios, descreve como "impopulares", a implementar até ao final do primeiro trimestre.

Já em 2018 será preparada a introdução em Angola do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), a vigorar a partir do ano seguinte, e cortes em vários níveis da receita pública, além de privatizações e outras "medidas de política necessárias e inadiáveis", que serão "politicamente sensíveis", como a desvalorização, prevista, do kwanza.

Dificuldades a que se juntam as da Sonangol, já com Carlos Saturnino no lugar de Isabel dos Santos, com a petrolífera mergulhada numa dívida superior a 7.000 milhões de dólares e quase sem dinheiro para investir na prospeção de petróleo.

No plano político, a forte popularidade que João Lourenço garantiu ao romper com a estrutura que recebeu de José Eduardo dos Santos, será ainda um teste à oposição. 
A UNITA, maior partido da oposição, ainda terá de clarificar em 2018 a liderança, depois de Isaías Samakuva, presidente desde 2003, ter anunciado a saída, enquanto na CASA-CE, Abel Chivukuvu tenta, de novo, encontrar uma base para a adiada transformação da coligação em partido político.

Ainda no capítulo da impunidade e luta anticorrupção, o novo Procurador-Geral da República, a escolher e empossar este mês por João Lourenço, sucederá a 10 anos polémicos no cargo pelo general João Maria de Sousa, nomeadamente com críticas por não investigar denúncias que foi recebendo e a forma como conduziu outras.

Ao novo procurador caberá ainda gerir o processo em torno do julgamento que os tribunais portugueses querem realizar ao caso envolvendo o ex-vice-Presidente da República angolano, Manuel Vicente.

Depois de o Presidente João Lourenço já ter excluído Portugal, em setembro, da lista de países prioritários para Angola em termos de cooperação, o caso em torno deste julgamento promete ser o maior teste à diplomacia angolana.