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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Eram três, chamaram pelo nome das vítimas e toda a França os procura

Após os ataques, surgiram ações de vigília
Liliana Coelho e Pedro Cordeiro 17:00 Quarta feira, 
7 de janeiro de 2015 
Última atualização há 21 minutos
Terroristas que atacaram o "Charlie Hebdo" mataram pelo menos 12 pessoas e feriram 10. Gritaram "vingámos Alá", chamaram algumas vítimas pelo nome e estão a monte desde o massacre. Ministro francês do Interior garante que havéra punição e justiça.

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, revelou esta quarta-feira que foram três os terroristas - e não dois como tinha sido avançado inicialmente - que atacaram a sede do semanário "Charlie Hebdo", em Paris. 
"Vamos apanhar estes três criminosos", garantiu o governante, que prometeu a respectiva punição.
Segundo a polícia, os suspeitos encontram-se em fuga, sabendo-se apenas que se terão deslocado para a região nordeste de Paris. 
O Citroen preto em que se seguiam foi localizado perto do metro de Porte de Pantin, nos subúrbios, depois de os terroristas terem trocado para outro veículo roubado. 

Esta manhã, homens encapuzados e vestidos de negro invadiram o hall das instalações do jornal satírico "Charlie Hebdo, que publicou caricaturas de Maomé, com lança-foguetes e kalachnikovs. 
Algumas testemunhas locais relatam ter ouvido gritar "vingámos o profeta, matámos o 'Charlie Hebdo'".

Fonte policial disse ao jornal "Libération" que se tratava de um "comando organizado", avançando que dois homens e decididos dirigiram-se diretamente à sala da reunião editorial, evidenciando que conheciam de antemão os alvos e que sabiam que naquela hora se realizava a reunião semanal de redação. 
"Perguntaram pelo Charb, mataram-no e dispararam em seguida contra os outros", acrescentou a fonte, admitindo que havia uma lista, incluindo outros cartoonistas. 
As imagens já conhecidas não mostram o terceiro homem referido pelo ministro do Interior.

Segundo fonte policial, os terroristas que invadiram a sede do semanário "Charlie Hebdo", em Paris, ter-se-ão enganado primeiro no endereço do edifício. 
"Na sequência dos eventos, há ainda muito a esclarecer. 
Mas, ao que parece, os atacantes entrararam erradamente primeiro no número 6 da Rua Nicolas Appert. 
Foi aí que alguém lhes explicou que a sede do jornal ficava noutro edifício, no número 10", explicou Emmanuel Quemener, polícia do sindicato Alliance, citado pelo jornal "Le Fígaro".

"A segurança absoluta não existe. 
Esta é uma classe profissional em lágrimas", afirmou por sua vez ao "Le Fígaro" Luc Comovente, um policia no local, lamentando a morte de dois colegas no ataque, que se encontravam no edifício para proteger Charb, cartoonista e diretor da publicação.

Entre a 12 vítimas mortais encontram-se Charb, o diretor da publicação, três ilustradores - Cabu, Wolinski e Tignous -, o economista Bernard Maris - que tinha uma coluna no jornal - e dois polícias. 
Além disso, quatro dos 10 feridos encontram-se em estado grave, segundo o último balanço oficial.
O atentado desta quarta-feira foi o mais mortífero desde o ataque ao Boulevard du Temple, em Paris, a 28 de julho de 1835, que causou 19 mortos, refere o diário "Le Monde."

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