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terça-feira, 29 de maio de 2018

Google, "Fizz", Deputados, Polícia e "Press Officers"

POLÍTICA      Destaque
Redacção  F8
28 de Maio de 2018

A associação do ex-vice-presidente de Angola, Manuel Vicente, à empresa Primagest, a empresa alegadamente usada para branqueamento de capitais na Operação Fizz, surgiu após uma pesquisa no Google, segundo um inspector da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal.
Por Orlando Castro (*)

Bruno Miguel Gomes explicou que a investigação, “que nem foi complicada”, começou com uma denúncia anónima contra o ex-procurador Orlando Figueira e que começou pela análise de documentos bancários e fluxos financeiros.

Na fase inicial, confessou o inspector que no processo Banif trabalhou com o ex-procurador do Ministério Público, até achou que a denúncia não teria fundamento, mas após a análise dos dados bancários, nomeadamente de transferências de dinheiro, convenceu-se que haveria uma ligação.

“Analisámos os processos que foram tramitados por Orlando Figueira e um encaixava perfeitamente nas datas, transferências de dinheiro, etc.”, referiu o inspector-chefe.

“Vimos que tinha uma quantidade de dinheiro depositado que não lhe vinha do trabalho e onde encontrámos a motivação foi no arquivamento do processo relacionado com Manuel Vicente (Portmill)”, acrescentou.

Nessa altura, adiantou, a PJ recorreu a fontes abertas, nomeadamente no Google, e os inspectores ficaram convencidos que havia uma ligação entre a Primagest, empresa que alegadamente pagou a Orlando Figueira, e a Sonangol, petrolífera da qual Manuel Vicente tinha sido presidente.

Nas buscas a casa de Orlando Figueira, em Fevereiro de 2015, a polícia encontrou o contrato de trabalho assinado com a Primagest e um envelope do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) com 22 documentos do processo Portmill, relacionado com a compra de apartamentos no Estoril por Manuel Vicente e que tinha sido arquivado por Orlando Figueira.

As declarações do polícia chegaram a enfurecer Orlando Figueira que se levantou e quis intervir, tendo sido chamado à atenção pelo juiz.

No entender da PJ e da acusação, a Primagest foi a empresa-veículo para o branqueamento de capitais, um dos crimes pelos quais os três arguidos são acusados, que chegou mesmo a ser alvo de buscas, tal como a sua representante Angélica Conchinha.

O inspector argumentou ainda que, na sua experiência, os pactos societários normalmente não reflectem as empresas que são instrumentos de branqueamento de capitais.

Sendo assim, explicou, chegaram lá pelo beneficiário (Orlando Figueira) e por várias notícias que estavam na internet.

Orlando Figueira lamentou que “se tenha detido uma pessoa durante dois anos” com base em fontes abertas, como notícias e pesquisas no Google.

O advogado Rui Patrício, que defende o empresário Armindo Pires (tido pelo Ministério Público como o ‘testa de ferro’ de negócios de Manuel Vicente), falou de “uma personagem chamada Google” que fez as ligações, referindo que “é fácil encontrar coisas certas, coisas erradas” e, “nos últimos dias, até pessoas com responsabilidade a dizerem disparates”, acrescentou, sem concretizar.

A Operação Fizz assenta na acusação de que Manuel Vicente pagou 760 mil euros a Orlando Figueira, para que este arquivasse dois inquéritos, um deles o caso da empresa Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel em 2008.

Quando é a favor… vale!

Pelos vistos a culpa de tudo isto é de um motor de busca, o Google. 
Também poderia ser dos jornais, mas isso não daria para fazer um espectáculo de pura diversão. 
O Google não escreve notícias, mas isso pouco importa para todos aqueles que querem, apenas e só, assassinar o mensageiro…

Em Março de 2015, a Comissão Parlamentar portuguesa de Inquérito à gestão do BES solicitou a Paulo Morais que lhes enviasse os nomes dos beneficiários com créditos do BES (Angola). 
O então vice-presidente da associação cívica Transparência e Integridade (hoje Presidente da Frente Cívica) fez chegar aos deputados vários exemplares do Folha 8.

Os parlamentares portugueses foram aos arames. 
Em matéria de informação sobre o regime do MPLA nem sequer usam o Google. 
Só costumam ler o Pravda, o Boletim Oficial, do regime.

E assim aconteceu. 
Os deputados receberam o “Anexo 1 (lista de documentos), anexo 2 (lista de beneficiários), anexo 3 (USB drive)”. 
Ao verificarem o conteúdo, os parlamentares portugueses – sobejamente habituados a que outros trabalhem por eles – entraram em pânico e manifestaram o seu incomodo. 
Alguém estava a passar-lhes – mui justamente, acrescente-se – um atestado de menoridade intelectual.

Também desta vez esperavam que que a papinha estivesse toda feita e que, por isso, fosse apenas necessário sorrir e – de vez em quando – dar um ar sério do estilo de quem muito labuta na matéria. 
Como acontece na maioria das comissões de inquérito, é fácil e barato brilhar à custa do trabalho dos outros. 
Até mesmo do Google, acrescente-se.

Paulo Morais trocou-lhes as voltas e, implicitamente, disse-lhes que se queriam as bolotas tinham de trepar. 
Se os deputados da nação lusa ficaram entalados ao verificar que a lista de beneficiários não estava assinada, como pretendiam, pelos próprios visados, entraram em pânico por o então vice-presidente da associação cívica Transparência e Integridade lhes dizer que parte desses nomes foi revelada pelo Folha 8.

Por outras palavras, Paulo Morais disse-lhes que eram incompetentes, mandriões e imbecis. 
Isto porque, se os nomes eram públicos a partir do momento em que foram revelados pelo Folha 8, o que andaram a fazer os deputados desta comissão de inquérito?

Que chatice para quem, na Assembleia da República, só lê o Pravda do regime angolano ou, se preferirem, o Boletim Oficial. 
Perante esta demonstração da sua incompetência, os deputados atiraram a pedra e esconderam a mão. 
Passaram a sua indignação, parafraseando António Barreto (um dos mais prestigiados cientistas sociais de Portugal), aos ex-assessores agora chamados de “Press officers e Media consultants”, os tais que “falam todos os dias com os administradores, directores e jornalistas das televisões, das rádios e dos jornais e escrevem notícias com todos os requisitos profissionais, de modo a facilitar a vida aos jornalistas”.

“Press officers e Media consultants” que, citando ainda António Barreto, “mentem de vez em quando, exageram quase sempre, organizam fugas de imprensa quando convém, protestam contra as fugas de imprensa quando fica bem, recompensam, com informação, os que se conformam, castigam, com silêncio, os que prevaricaram. 
São as fontes. 
Que inundam ou secam.”

É claro que tantos os deputados, com excepção dos do Bloco de Esquerda, como os “Press officers e Media consultants“ podem estar descansados. 
Temiam que com a passagem de José Eduardo dos Santos de bestial a besta o perigo estivesse ali logo na próxima esquina. 
Mas não está. 
João Lourenço, também nesta matéria, segue os ensinamentos do anterior “escolhido de Deus”. 
A manjedoura do regime do MPLA continua à disposição.

“A estupefacção e o incómodo dos deputados deve resultar do facto de muitos destes nomes já serem públicos e terem sido ignorados pela Comissão Parlamentar de Inquérito ao BES”, disse na altura Paulo Morais, acrescentando que “os deputados nem sequer os conheciam ou, se os conheciam (o que se esperaria), porque não confrontaram os administradores do BES com esta informação?”

“Parece uma pescadinha de rabo na boca: o dirigente da associação Transparência e Integridade, Paulo Morais, disse que “não é difícil perceber quem são os destinatários dos empréstimos concedidos pelo BES Angola”, escreveu o jornal português Público.

E acrescentou que “a comissão parlamentar de inquérito ao BES pediu-lhe, então, que fornecesse os dados que possuía. 
A resposta chegou na segunda-feira, com uma lista de nomes, sim, mas baseada em artigos de um jornal angolano, o Folha 8, e nas próprias palavras de Paulo Morais, em três programas da CMTV e num artigo de opinião que publicou no Correio da Manhã”.

Pressupôs o Público, como outros, que a lista de nomes baseada, nomeadamente, “em artigos de um jornal angolano, o Folha 8” não têm credibilidade.

Escreveu o Púbico: “Junto, como solicitado, documentação relativa aos beneficiários de empréstimos por parte do Banco Espírito Santo – Angola (BESA)”, diz a folha de rosto endereçada a Fernando Negrão, o presidente da comissão de inquérito (hoje líder parlamentar do PSD). 
Um pouco abaixo da assinatura de Paulo Morais surge a descrição dos “anexos”: “Anexo 1 (lista de documentos), anexo 2 (lista de beneficiários), anexo 3 (USB drive)”.

Na página seguinte, pormenoriza o jornal, surgem, numerados, os “documentos”: “Jornal Folha 8 17/5/2014”, por exemplo, ou “Programa CMTV Fogo Contra Fogo 5/3/2015”. 
São oito, no total. 
Quatro edições do Folha 8, um jornal dirigido por William Tonet, jornalista, advogado e militante da Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE). Três programas da CMTV, Fogo Contra Fogo, em que Paulo Morais debate a actualidade com Marinho e Pinto. 
E uma crónica de Paulo Morais no Correio da Manhã.”

Mais: “São estes os únicos “documentos” que Paulo Morais entregou à comissão. 
O citado “anexo 3 (USB drive)” contém, de novo, os mesmos documentos, em versão integral. 
Mesmo que isso tenha poupado aos deputados o trabalho de pesquisarem em arquivos e hemerotecas o que estaria dito e escrito nos media citados, não parece haver, em São Bento, grandes motivos para agradecimentos.”

Continuemos com o Público: “É que a lista de nomes fornecida, de 15 pessoas (uma das quais faleceu em Janeiro de 2013), é apenas suportada pelas próprias denúncias de Morais e Tonet, amplamente conhecidas (até porque estavam divulgadas nos meios de comunicação social agora apresentados como suporte). 
Não é fornecido um único documento que sirva de fonte primária ou que permita perceber como o jornal Folha 8, e o vice-presidente da Transparência e Integridade, chegaram àqueles nomes e não a outros.”

Certamente quando o jornalista do Público, José António Cerejo, revelou na mesma altura a divida de Pedro Passos Coelho à Segurança Social portuguesa apresentou algum “documento que sirva de fonte primária ou que permita perceber como o jornal Público chegou” à conclusão de que, de facto e de jure, havia essa dívida. 
Certo? 
Não. 
Errado.

O Folha 8, tal como – presumimos – o Público, não tem que revelar as suas fontes, sejam elas primárias ou não.

No número 7 do Código Ético e Deontológico dos Jornalistas do Folha 8 pode ler-se: “O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos com elas assumidos. 
A não revelação das fontes é, aliás, uma das razões pelas quais vale a pena ser preso.”

Diz o Público, que “a Comissão decidiu, por unanimidade, pedir esses documentos e a lista de devedores, com o objectivo de os fazer chegar ao Ministério Público, que investiga a ruína do BES. 
O que recebeu não são provas, são outras versões (em papel e em vídeo) das mesmas denúncias que tinham sido feitas pela rádio.”

Já agora, deixamos à consideração dos deputados portugueses, bem como dos “Press officers e Media consultants“, uma basilar definição do que, cá em casa, consideramos ser fundamental: Se um jornalista não procura saber o que se passa, é um imbecil. 
Se sabe o que se passa e se cala, é um criminoso.

Mesmo não revelando as nossas fontes, primárias ou não, recusamo-nos a ser imbecis e, ou, criminosos. 
Nós fazemos o nosso trabalho. 
Já agora, que os deputados portugueses (e alguns jornalistas) façam o seu.

(*) Com Lusa

Papai já era general!

POLÍTICA        Destaque
Redacção F8
29 de Maio de 2018

A filha do ex-Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, Welwitschea “Tchizé” dos Santos, usou as redes sociais para questionar a decisão do actual chefe de Estado, João Lourenço, de promover o pai a general-de-exército, alegando que ele já tinha essa patente.



Da mesma forma, a empresária e deputada e membro do Comité Central do MPLA (partido no poder desde 1975 e do qual o pai ainda é presidente), considerada a filha mais politicamente activa do ex-Presidente angolano (1979-2017), publicou uma carta dirigida às chefias das forças armadas, em que José Eduardo dos Santos assina general-de-exército.

“Ao que parece, o engenheiro José Eduardo dos Santos foi promovido duas vezes a general-de-exército”, ironiza “Tchizé” dos Santos, na mesma mensagem.

A carta divulgada não está datada, mas é ainda do período da então República Popular de Angola, anterior a 1992, sendo assinada enquanto Presidente e, por isso, comandante-em-chefe das Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA).

“Em 2018, o general José Eduardo dos Santos, foi promovido novamente a general, pelo actual comandante-em-chefe, cujo nome consta coincidentemente da correspondência”, escreve “Tchizé” dos Santos, aludindo ao facto de a mesma carta, assinada pelo general-de-exército José Eduardo dos Santos, também ser dirigida a João Lourenço, então chefe da Direcção política nacional das FAPLA, actualmente Presidente da República de Angola.

Em Abril o chefe de Estado angolano promoveu José Eduardo dos Santos ao grau militar de general-de-exército – a mais alta patente militar em Angola -, licenciando-o à reforma, de acordo com a decisão publicada em Diário da República.
A decisão consta da Ordem 9/18 do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas, e Presidente da República.

Durante 38 anos, José Eduardo dos Santos, actualmente com 75 anos, foi Presidente da República, e por inerência de funções comandante das Forças Armadas Angolanas, mas nas eleições gerais de 2017 já não concorreu ao cargo, a que sucedeu João Lourenço, também pelo MPLA e por si escolhido.

Contudo, José Eduardo dos Santos mantém-se na liderança do MPLA, devendo dar lugar a João Lourenço no congresso extraordinário previsto para Setembro próximo.

Separação de cargos

Recorde-se que “Tchizé” defendeu no passado dia 23 de Março um cenário em que o líder do MPLA não seja o chefe de Estado, disponibilizando-se para dar o seu contributo “em qualquer posição”.

A posição de “Tchizé” do Santos foi transmitida em declarações à Lusa, a propósito das críticas à alegada bicefalia existente no partido, com a ascensão de João Lourenço a Presidente da República.

“Espero poder dar o meu contributo em qualquer posição no partido.
Sou uma militante de base e repito: no MPLA obedecemos sempre às deliberações das nossas estruturas superiores: O Comité Central e o Congresso”, afirmou “Tchizé” dos Santos.

“A Constituição é clara: o chefe de Estado, o Presidente da República, é o cabeça-de-lista do partido mais votado.
Isto é, o candidato número um da lista de deputados do partido mais votado.
Eleito Presidente da República, o chefe de Estado devia afastar-se de quaisquer responsabilidades partidárias, de modo a poder cumprir e fazer ‘cumprir a Constituição da República e a lei’, tal como o consta do juramento que o Presidente da República de Angola e os deputados fazem aquando da sua na tomada de posse”, apontou “Tchizé”.

Para justificar esta posição, “Tchizé” refere que a Constituição da República, que foi aprovada pelo Parlamento em 2010, prevê forças armadas apartidárias e que o Presidente da República é precisamente o Comandante em Chefe das Forças Armadas Angolanas.

“Não deveríamos então aproveitar o facto do Presidente João Lourenço ser o único Presidente de Angola a ascender a este cargo para um primeiro mandato, longe do sistema de partido único e já num regime democrático, para se fazer avançar o país a este nível, evitando uma violação à lei militar, e quiçá à Constituição da República, e garantir que sejam outros militantes que não o Presidente da República a concorrer à liderança de partidos políticos?
Desta forma, claramente o MPLA estaria a abrir caminho para uma maior democracia interna em todos partidos políticos de Angola e no país em geral”, defende.

General Agostinho Neto

Numa outra ordem, 12/18 de 19 de Abril, foi confirmada a já anunciada promoção de António Agostinho Neto, primeiro Presidente angolano, que faleceu em 1979, naquelas funções, ao título póstumo igualmente de general de Exército.

A decisão de promover o primeiro Presidente da República Popular de Angola, António Agostinho Neto, ao grau militar de general de Exército foi aprovada a 9 de Março, em reunião do Conselho de Segurança Nacional.

António Agostinho Neto, que proclamou uma das duas independências angolanas, pelo MPLA, em Luanda, a 11 de Novembro de 1975 (na mesma data a proclamação foi também feita pela UNITA e FNLA, no Huambo), faleceu em Moscovo, a 10 de Setembro de 1979, tendo subido ao poder em Angola José Eduardo dos Santos, que se manteve no cargo até 2017.

Também com data de 19 de Abril, João Lourenço publicou a ordem para licenciar à reforma, por limite de carreira, o general de exército Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, que durante a Presidência de José Eduardo dos Santos foi ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança do Presidente da República.

O MPLA do general Neto, do general Eduardo dos Santos e do general João Lourenço está no poder desde 1975 e por lá vai ficar.
Com o poder absoluto que tinha nas mãos (era também o presidente do MPLA e chefe do Governo), o general José Eduardo dos Santos foi um dos ditadores ou, na melhor das hipóteses, um presidente autocrático, que mais tempo esteve em exercício África.

Sabe todo o mundo, mas sobretudo e mais uma vez África, que se o poder corrompe, o poder absoluto corrompe absolutamente.
Foi o caso em Angola.
É o caso de Angola.

Só em ditadura, mesmo que legitimada pelos votos comprados a um povo que quase sempre pensa com a barriga (vazia) e não com a cabeça, foi possível estar tantos anos no poder.
Em qualquer estado de direito democrático tal não seria possível.

Aliás, e Angola não foge infelizmente à regra, África é um alfobre constante e habitual de conflitos armados porque a falta de democraticidade obriga a que a alternância política seja conquistada pela linguagem das armas.
Há obviamente outras razões, mas quando se julga que eleições são só por si sinónimo de democracia, está-se a caminhar para a ditadura.

Folha 8 com Lusa

sábado, 26 de maio de 2018

Escondida no ginásio até a polícia chegar

Sporting
DN
25 DE MAIO DE 2018  23:48

Eduarda Proença de Carvalho, vice-presidente da Mesa da Assembleia Geral, só deixou Alvalade, na quinta-feira, numa carrinha da polícia

Como é sabido, a reunião anteontem dos órgãos sociais do Sporting não correu nada bem, com as partes muito extremadas. O pior estaria para surgir depois com o presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG), Jaime Marta Soares, a não ter condições para falar aos jornalistas, quer no interior quer no exterior, devido ao alvoroço provocado por cerca de duas dezenas de apoiantes de Bruno de Carvalho que se encontravam no local.

Porém, houve uma outra situação que provocou algum sobressalto numa altura em que Bruno de Carvalho se aprestava para começar a falar em conferência de imprensa noutro ponto do estádio. 
Ao que o DN apurou, Eduarda Proença de Carvalho, vice-presidente da MAG, e outro elemento da MAG, cujo nome não foi possível apurar, quando se preparavam para abandonar as instalações de Alvalade foram confrontados com apoiantes de Bruno de Carvalho, tendo, de imediato, recuado e procurado proteção no interior do ginásio da cadeia Holmes Place, que se encontra no piso zero do edifício onde se situam as instalações do clube e da SAD leonina.

A situação foi de tal forma tensa que funcionários do Holmes Place trancaram Eduarda Proença de Carvalho numa divisão, de modo a que ninguém lhe pudesse aceder, e chamaram as autoridades. 
A normalidade regressou quando a polícia escoltou a dirigente leonina que em 2013 integrou as listas de Carlos Severino e em 2017 foi uma das escolhas de Bruno de Carvalho. 
Mesmo assim, a jurista só abandonou Alvalade numa carrinha das autoridades policiais que, pelo que foi dado ver, não estariam totalmente preparadas para o que se passou no final da reunião dos órgãos sociais, pois a manifestação de apoio a Bruno Carvalho convocada através das redes sociais, e que estava para começar a partir das 20.00, não tinha registado uma afluência digna de registo.

O DN tentou contactar Eduarda Proença de Carvalho que se recusou a fazer qualquer comentário sobre o assunto.

Direção do Sporting revela ata de reunião aos sócios. Mesa vai apresentar queixa

Sporting
Rita Ferreira e Bruno Pires
26 DE MAIO DE 2018   12:47

A direção diz que o fez "a bem da transparência" para acabar com "especulações e mentiras inaceitáveis". 
A Mesa da Assembleia Geral já fez saber que vai apresentar uma queixa na PGR

"A bem da transparência e da verdade dos factos, e porque estamos a viver tempos de exceção, vimos por este meio facultar a ata da reunião, realizada na passada quinta-feira, dia 24 de maio, no Estádio José Alvalade, entre os Órgãos Sociais. 
Cremos ser esta a única forma de pôr cobro a um conjunto de especulações e mentiras inaceitáveis, postas a circular no espaço público, que penalizam e prejudicam os superiores interesses do Sporting Clube de Portugal." 
Foi esta a mensagem que os sócios do Sporting receberam esta manhã no seu correio eletrónico e que acompanhava a ata da reunião que teve lugar na quinta-feira.

A Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting já teve obviamente conhecimento da ata. O DN sabe que os representantes da Mesa consideram que o documento é "manipulado e não reflete as propostas nem as intervenções dos membros da Mesa da Assembleia Geral" na reunião. A MAG não considera o documento uma ata, mas "uma comunicação interna da direção do Sporting".


Ao que o DN apurou, a MAG vai avançar com uma queixa na Procuradoria-Geral da República (PGR) por considerar que a ata desta reunião excedeu um limite e atenta ao bom nome e à dignidade dos membros da MAG. 
Uma posição que irá constar que no comunicado que será emitido esta tarde.

Fernando Mendes: o adepto de que todos falam, mas que não está entre os arguidos

SPORTING
Sónia Simões   25/5/2018, 20:24
O grupo de adeptos combinou encontrar-se no Lidl do Montijo,
antes de entrarem todos juntos na Academia
O juiz que mandou prender 23 dos adeptos que invadiram a Academia considerou que todos sabiam o que ia acontecer e que nada fizeram para impedir. 
Mas Fernando Mendes nem sequer foi detido.

As imagens da câmara número 1 instalada à entrada da Academia de Alcochete mostram-no a entrar nas instalações naquele dia 15 de maio, pelas 17h00. 
O ex-líder da Juve Leo chegou ao mesmo tempo que quatro outros adeptos do Sporting e é referido no processo das agressões por várias testemunhas e vítimas da violência que abalou a Academia naquele dia. 
Pelo menos dois dos adeptos que chegaram ao mesmo tempo que ele foram detidos e estão em prisão preventiva. 
Mas, Fernando Mendes permaneceu no local, saiu de lá num carro BMW autorizado pela segurança, e está em liberdade sem qualquer restrição.

A GNR não explica porque não foi detido, embora a investigação ainda continue e possa conduzir a mais detenções. 
Mas, no auto de notícia que consta no processo, a presença de Fernando Mendes só é assinalada por algumas testemunhas, como os elementos da segurança, e uma das vítimas, no caso o treinador Jorge Jesus. 
Na descrição do que aconteceu naquele quase final de tarde, quando um grupo de cerca de 50 suspeitos entrou na Academia numa onda de violência, os militares do Núcleo de Investigação Criminal da GNR que estiveram no local não falam de Fernando Mendes.

O primeiro testemunho às autoridades é do porteiro que naquele dia estava à entrada da Academia, quando se apercebeu que um grupo de jornalistas no local desatou a correr para o interior. 
Descreve, depois, como de seguida se aproximou o grupo dos 50, trajado de negro, a caminhar como um “pelotão”. 
Rui F. refugiou-se no interior da cabine, porque sozinho nunca conseguiria travar a entrada de um grupo tão grande, e telefonou para o chefe da segurança. 
Tudo o que se passou de seguida, e que culminou em agressões violentas e destruição, testemunhou, impotente, através das câmaras do sistema de video vigilância.
Segundo ele, foi tudo rápido e não terá durado mais do que 5 minutos. 
Após o ataque no balneário, onde se encontravam os jogadores, recorda que viu cerca de 30 a correrem para a saída, outros a saltarem a vedação e “seis ou sete” que permaneceram no local. Nesses seis ou sete estava Fernando Mendes. 
Por esta altura, Rui F. recebeu um telefonema do chefe de segurança: pedia-lhe que autorizasse a entrada de um BMW azul. 
E terá sido nesse carro que parte do grupo de Fernando Mendes abandonou Alcochete.

Já o chefe da segurança explicou à GNR que reconheceu alguns adeptos como sendo da claque Juve Leo. 
Diz que até tentou falar com eles, após entrarem, na tentativa de os demover a entrar no balneário. 
Mas que o mandaram sair da frente. 
Acabou por assistir a algumas agressões, mesmo tentando impedi-las, até que se apercebeu que no local estavam alguns membros da claque que tinham a cara destapada. Revela, então, ter falado com Fernando Mendes, que estaria acompanhado por um amigo. E que havia três outros adeptos junto a ele. 
“Não estariam integrados no grupo de indivíduos [responsáveis pelas agressões], mas supostamente estariam à retaguarda”, referiu. 
Segundo ele, estes adeptos condenaram o comportamento dos restantes e disseram que apenas queriam falar com os jogadores. 
Mas, pelo menos dois deles, acabaram detidos.

Versão coincidente teve um outro funcionário da Academia, que ainda tentou impedir a agressão a Jesus, informando o grupo ser ele o “senhor que tratava da relva”. 
Mas o treinador acabaria por ser agredido mais tarde. 
Esta testemunha disse que esse grupo, onde estava Fernando Mendes, ficou no local à espera da GNR e que alegou nada ter a ver com o caso e que só estava ali para conversar.

Jorge Jesus é no entanto quem mais fala do ex-líder da claque leonina e diverge na descrição. 
O treinador do Sporting, que foi agredido por dois adeptos — um deles atacou-o com um cinto — diz que estava no chão quando percebeu que no grupo havia um elemento de cara destapada, que bem conhecia: Fernando Mendes. 
“Fernando, ajuda, estes gajos estão a bater nos jogadores, ajuda-me”, terá implorado ao ex-líder da claque leonina. 
“A gente não veio aqui para bater, só para falar”, ter-lhe-á respondido Mendes. 
Mas nada fez para travar ou evitar as agressões, denunciou Jorge Jesus às autoridades. Uma versão diferente das anteriores testemunhas.

Para o juiz o grupo é só um e todos têm culpa

O argumento de que naquele dia entraram na academia dois grupos, um de cara destapada e outro de cara coberta – e que só o segundo teria tido responsabilidades no crime — chegou a ser uma tese da defesa de alguns dos nove arguidos que se disponibilizaram a prestar declarações em sede de primeiro interrogatório judicial. 
No entanto, não foi considerada pelo juiz de instrução que ficou com o caso.

No despacho assinado por Carlos Delca e conhecido esta segunda-feira, o juiz considera não existirem “dois grupos”. 
Para ele, todos os 23 arguidos — ou os nove que quiseram falar — sabiam ao que iam, todos estavam no local e ninguém fez nada para impedir as agressões e a violência.
Dos fotogramas resulta, claramente, que os arguidos estavam inseridos no seio do grupo, pese embora estivessem mais atrás ou mais à frente, que todos se aperceberam, também claramente, do que se estava a passar”, considerou o juiz que determinou que os 23 arguidos ficassem em prisão preventiva. E reconheceu que esse grupo teria uns 50 elementos — logo que há suspeitos que não foram detidos.
O magistrado fala em “premeditação” do crime, numa “atuação” demasiado repentina que impossibilitou uma “reação” por parte das vítimas. 
E considera que todos os suspeitos “atuaram com o propósito concretizado de causar estragos nos bens supra referidos, não se coibindo de fazê-lo como o fizeram (…) cientes que empregavam violência nos seus atos, com o arremesso de tochas na sua direção, bem como colocando os ofendidos na impossibilidade de lhes resistir e fugir dirigindo-lhes expressões que causaram receio e temor pela sua vida e integridade física”, lê-se no despacho.

Chegou com Fernando Mendes, mas fugiu e foi detido

Fernando Mendes chegou à Academia acompanhado de dois outros adeptos, mas regressou a casa apenas com um deles. 
O outro foi um dos 23 detidos pela GNR no final daquela tarde. 
Segundo contou em interrogatório judicial, Bruno Monteiro, 30 anos, combinou com o ex-líder da claque deslocarem-se a Alcochete para falarem com os jogadores, mas quando se apercebeu da “confusão”, e de que a GNR chegaria a qualquer momento, decidiu fugir a pé. 
É que Bruno enfrenta, neste momento, duas penas suspensas e se cometesse um outro crime poderia ser preso. 
No cadastro, Monteiro conta já com uma pena de cadeia de quatro anos e nove meses de prisão suspensos e com outra de nove meses pelo crime de ameaça agravada por causa de uma altercação à porta de uma discoteca.

Durante a fuga, segundo explicou, acabou por apanhar boleia de um BMW preto, que — sem ele saber — acabara de escapar à barreira policial montada pelos militares, quase abalroando uma viatura da GNR. 
O carro seria intercetado momentos depois da fuga às autoridades. 
No interior seguiam oito adeptos, um deles era Bruno, o amigo de Fernando Mendes.

No fotograma que está no processo e onde aparece Fernando Mendes, aparece também, segundo a GNR, o arguido Gustavo Tavares. 
Gustavo terá falhado o ponto de encontro com o restante grupo, no Lidl do Montijo, porque decidiu parar para pôr combustível no seu Smart. 
As imagens mostram-no a entrar ao mesmo tempo que Fernando Mendes, mas o auto da GNR dá conta que foi detido quando corria a pé, de regresso em direção ao seu carro.

Perante o juiz, os arguidos admitiram que no próprio dia em que se deslocaram a Alcochete houve várias mensagens trocadas, via WhatsApp, e que a intenção era falar com os jogadores e técnicos, tendo em conta os últimos acontecimentos e resultados da equipa. Nessas mensagens, no entanto, foi percetível a intenção de algumas “daquelas pessoas” de que a entrada na Academia “seria forçada” para “a prática de atos violentos e agressivos contra os jogadores e técnicos”. 
O juiz sublinha, mesmo, que “todos ele se aperceberam do lançamento de tochas, das agressões e mesmo assim prosseguiram com a intenção de entrar e permanecer naquelas instalações”. 
“Conformaram-se com a situação”, acrescenta, mesmo depois de ouvirem alguém dizer “eles vão fazer merda” e assistirem às agressões e ao lançamento de tochas e nada fizeram.

Os arguidos Bruno Monteiro e Gustavo Tavares, que entraram ao mesmo tempo que Fernando Mendes, disseram também que ouviram Jorge Jesus a pedir ajuda ao ex-líder da Juve Leo. 
E que ambos ficaram a falar com ele, uma versão não sustentada pelo treinador do Sporting.  
Ainda assim, mesmo tendo presenciado as agressões, “nenhum deles deu qualquer apoio ou procurou inteirar-se do estado dos jogadores”, agravando a sua culpa, refere o juiz.

A GNR deteve 23 suspeitos, cinco foram intercetados a pé quando corriam em direção aos carros que estacionaram a 1 quilómetro do acesso à academia, os restantes foram apanhados em três carros intercetados pelos militares.

Fernando Mendes já tinha apertado jogadores no aeroporto da Madeira

Fernando Mendes aparece também em imagens captadas pelo Correio da Manhã TV  no aeroporto da Madeira, no dia em que o Sporting foi derrotado pelo Marítimo e perdeu a hipótese de ficar em segundo lugar e ter acesso à Liga dos Campeões e aos seus milhões. Ouve-se o ex-líder da claque dizer aos jogadores, com ar ameaçador: “Falamos em Alcochete”. 
Acabou por ter que ser retirado pela PSP daquele local e há quem defenda que este foi o rastilho para o que aconteceu na Academia depois.

No último domingo, Fernando Mendes foi também impedido de entrar no Jamor  à entrada para o Estádio Nacional, onde o Sporting e o Aves iam disputar a final da Taça de Portugal, segundo avançou a comunicação social. 
Fonte da PSP disse ao Observador, no entanto, não ter qualquer registo dessa ocorrência nem ter, sequer, conhecimento que o adepto do Sporting seja alvo de alguma espécie de interdição de entrada em campos de futebol. 
“Pode ter sido impedido de entrar apenas por não ter bilhete”, referiu a fonte.

Caso pode passar para a PJ

A investigação à invasão da Academia de Alcochete que terminou com agressões ao treinador Jorge Jesus, aos jogadores William de Carvalho, Acuña, Battaglia, Fredy Montero, Misic, Rui Patrício, Petrovic, ao treinador-adjunto Mário Pinto e ao enfermeiro Carlos Mota poderá passar para a Polícia Judiciária nos próximos dias, uma vez que está em causa um crime de terrorismo. 
O Observador apurou que esta será uma decisão a tomar pelo Ministério Público nos próximos dias.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Mesa da AG acusa direcção de Bruno de Carvalho de fabricar acta de reunião

CRISE NO SPORTING
Correio da Manhã
25 de Maio de 2018     20:12 
Orgão presidido por Jaime Marta Soares lamenta que Bruno de Carvalho não tenha aceite proposta de eleições em Setembro e fala em ambiente "intimidatório".

A Mesa da Assembleia do Sporting, presidida por Jaime Marta Soares, emitiu esta sexta-feira um comunicado em que acusa a direcção de Bruno de Carvalho de obrigar os seus membro a assinar ata da reunião dos órgãos sociais de quinta-feira. 
O comunicado fala de uma "tentativa de obrigar os membros dos outros Órgãos Sociais a assinar uma suposta acta da reunião anterior (21 de Maio), sem qualquer correspondência com o que ocorreu no decurso da mesma".

No comunicado, a Mesa da AG lamenta ainda que a direcção presidida por Bruno de Carvalho não tenha aceite a sugestão de marcar eleições para 2 de Setembro, mantendo-se os dirigentes em funções até lá.

O órgão que está demissionário lamenta o ambiente de intimação que se gerou em Alvalade após o final da reunião de quinta-feira:  "A Mesa da Assembleia Geral lamenta também profundamente as ameaças e o ambiente intimidatório criado a que foram sujeitos os seus membros e membros demissionários do Conselho Fiscal e Disciplinar nas próprias instalações do Clube.

Leia o comunicado na íntegra:

1) Para a Mesa da Assembleia Geral é inequívoca a situação de profunda instabilidade e crescente divisão que atingiu o Clube e a necessidade de, o mais rapidamente possível, repor a normalidade e a coesão do mesmo, e considera também que apenas os Sócios têm plena legitimidade para apurar a responsabilidade por esta situação e determinar a solução mais adequada para os destinos do Clube. 

2) A Mesa da Assembleia Geral não pode ignorar os inúmeros pedidos de sócios, correspondentes a milhares de votos, para a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária para destituição do Conselho Directivo. 

3) Importa assinalar que a Mesa da Assembleia Geral apresentou ao Conselho Directivo uma solução que teria permitido a sua continuidade em funções até novas eleições, a realizar na data de 2 de Setembro de 2018, solução que teria evitado qualquer hiato na gestão do Clube e mais teria contribuído para limitar os danos resultantes da situação de instabilidade criada nos últimos meses. 

4) A Mesa da Assembleia Geral constatou a insistente rejeição por parte do Conselho Directivo dessa solução, o que obriga à realização de uma Assembleia Geral Extraordinária visando a destituição dos membros do Conselho Directivo. 
Esta é a solução que mais respeita a vontade dos Sócios e mais rapidamente pode reestabelecer a normalidade no e do Clube, à luz do comportamento do Conselho Directivo e a sua reiterada oposição a qualquer outra das alternativas sugeridas pela Mesa da Assembleia Geral. 

5) A Mesa da Assembleia Geral lamenta profundamente o comportamento do Conselho Directivo, incluindo a tentativa de obrigar os membros dos outros Órgãos Sociais a assinar uma suposta acta da reunião anterior (21 de Maio), sem qualquer correspondência com o que ocorreu no decurso da mesma. 
A Mesa da Assembleia Geral lamenta também profundamente as ameaças e o ambiente intimidatório criado a que foram sujeitos os seus membros e membros demissionários do Conselho Fiscal e Disciplinar nas próprias instalações do Clube. 
Estes factos são inaceitáveis e não correspondem à História do Sporting Clube de Portugal. A Mesa da Assembleia Geral continuará sempre a agir no sentido de respeitar essa mesma História e promover sempre a união entre todos os verdadeiros Sportinguistas. 

6) A Mesa da Assembleia Geral reitera aos Sócios que continuará a agir em prol dos superiores interesses do Clube, sempre com toda a independência e imune a qualquer tipo de pressão. 

Lisboa, 25 de Maio de 2018 

A Mesa da Assembleia Geral"

"Pressões e ambiente intimidatório" na reunião de Alvalade

SPORTING
25 de Maio de 2018
às 20:07
A Mesa da Assembleia Geral do Sporting emitiu esta sexta-feira um comunicado em que lamenta o facto de o conselho diretivo, liderado por Bruno de Carvalho, não ter aceitado as propostas do organismo presidido por Jaime Marta Soares.

Essas propostas passavam pela realização de eleições a dois de setembro e, no documento, a mesa constata ainda "as ameaças e o ambiente intimidatório criado e a que foram sujeitos os seus membros e membros demissionários do Conselho Fiscal e Disciplinar nas próprias instalações do clube".

Eis o comunicado na íntegra:

1) Para a Mesa da Assembleia Geral é inequívoca a situação de profunda instabilidade e crescente divisão que atingiu o Clube e a necessidade de, o mais rapidamente possível, repor a normalidade e a coesão do mesmo, e considera também que apenas os Sócios têm plena legitimidade para apurar a responsabilidade por esta situação e determinar a solução mais adequada para os destinos do Clube.

2) A Mesa da Assembleia Geral não pode ignorar os inúmeros pedidos de sócios, correspondentes a milhares de votos, para a realização de uma Assembleia Geral Extraordinária para destituição do Conselho Diretivo.

3) Importa assinalar que a Mesa da Assembleia Geral apresentou ao Conselho Diretivo uma solução que teria permitido a sua continuidade em funções até novas eleições, a realizar na data de 2 de setembro de 2018, solução que teria evitado qualquer hiato na gestão do Clube e mais teria contribuído para limitar os danos resultantes da situação de instabilidade criada nos últimos meses.

4) A Mesa da Assembleia Geral constatou a insistente rejeição por parte do Conselho Diretivo dessa solução, o que obriga à realização de uma Assembleia Geral Extraordinária visando a destituição dos membros do Conselho Diretivo. 
Esta é a solução que mais respeita a vontade dos Sócios e mais rapidamente pode restabelecer a normalidade no e do Clube, à luz do comportamento do Conselho Diretivo e a sua reiterada oposição a qualquer outra das alternativas sugeridas pela Mesa da Assembleia Geral.

CD suspende Jorge Jesus pelo que disse após jogo com o Moreirense

SPORTING
25 Maio 2018 às 19:05
CD informou esta sexta-feira que aplicou uma sanção de 11 dias de suspensão a Jorge Jesus e uma multa de 2907 euros.

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol informou esta sexta-feira que aplicou um castigo de 11 dias de suspensão a Jorge Jesus e ainda uma multa de 2907 euros ao treinador. 
Em causa, refere o comunicado, estão as declarações do técnico após o jogo com o Moreirense (1-0), da ronda 24 do campeonato, tanto na entrevista rápida como na conferência de imprensa.

Esse jogo, refira-se, foi resolvido por Gelson já na ponta final, sendo que o jogador tirou a camisola e exibiu uma mensagem a Rúben Semedo, que se encontra detido em Espanha. O internacional português viu o segundo amarelo, foi expulso e falou o jogo seguinte: o clássico no Dragão, que o FC Porto venceria por 2-1.

Recorde-se a flash interview de Jorge Jesus: