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terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

PS considera "de bom senso" decisão da Christie's de cancelar leilão


Económico com Lusa 04/02/14 17:58

A deputada socialista Inês de Medeiros considerou hoje "natural e de bom senso" que a leiloeira Christie's tenha cancelado a venda dos 85 quadros de Joan Miró.

Em declarações à agência Lusa, a deputada disse que, "se até agora a leiloeira estava segura quando ao facto de ser o próprio Estado português a vender", a situação mudou com a sentença do Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa, hoje anunciada.

O Tribunal rejeitou a providência cautelar apresentada pelo Ministério Público - na sequência de um pedido do PS - para suspender a venda das 85 obras de Joan Miró, sustentando que tinham sido compradas por empresas anónimas de capitais públicos e não pelo Estado.

Concluía, no entanto, pela ilegalidade de alguns procedimentos na saída das obras do país, o que gerou "incertezas jurídicas" à leiloeira.

"Nós temos a responsabilidade, perante os nossos compradores", de garantir "que a propriedade pode ser transferida sem problemas" de qualquer ordem, anunciou a Christie's, num comunicado, a poucas horas do início do leilão.
"Porque a decisão do tribunal põe em questão, nesta altura", a segurança dessa transferência, "a Christie's decidiu retirar as obras de leilão".

Na opinião de Inês de Medeiros, "é natural que esta leiloeiria de renome, que tem um prestígio e uma credibilidade e um prestígio a manter, veja com muita apreensão esta sentença do tribunal. Porque, em última análise, é a responsável pela venda".

"Achamos que é urgente apurar as responsabilidade neste caso", acrescentou, justificando a entrega de um requerimento, pelo Grupo Parlamentar do PS, na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, para chamar ao parlamento o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, e a Parvalorem, empresa responsável pela venda.
A Lusa aguarda comentários da Parvalorem, a empresa estatal constituída para a recuperação de créditos do antigo Banco Português de Negócios, após a sua nacionalização.

O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, anunciou uma declaração à imprensa sobre esta questão, para esta tarde, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

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