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quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Diário do Porto. Sondagens: Rui Moreira diz que Católica voltou a mentir e apresenta queixa na ERC



João Francisco Gomes - 28 Setembro 2017

Rui Moreira acusa a Universidade Católica de ter tornado a mentir na resposta às acusações de "manipulação da opinião pública" e apresentou queixa na ERC.

Este artigo estará em atualização ao longo do dia com notícias da campanha no Porto e reportagens junto dos candidatos.

No penúltimo dia de campanha, os candidatos à câmara do Porto têm a agenda preenchida. 
Rui Moreira começou de manhã com uma visita a casas da câmara reabilitadas no centro histórico. Para a tarde está marcada uma arruada na Baixa da cidade e para a noite uma visita ao comércio local. 
Manuel Pizarro, do PS, deixou a manhã livre e agendou dois momentos para esta quinta-feira: uma distribuição de rosas na Baixa do Porto à tarde, e um jantar com personalidades portuenses à noite.
Álvaro Almeida, do PSD e CDS, esteve de manhã no Mercado da Foz, onde garantiu que os portuenses “estarão mais tranquilos se não existir maioria absoluta” no executivo camarário. À tarde visita a Associação Monte Pedral e à noite tem um jantar com apoiantes. Já Ilda Figueiredo, da CDU, faz durante a tarde um percurso num autocarro panorâmico pela cidade do Porto. 
João Teixeira Lopes, do Bloco de Esquerda, apresentou de manhã o seu programa eleitoral na área da cultura.

A campanha no Porto ontem foi assim:

Sondagem(gate). Pizarro compara Moreira a Menezes

Sondagem da Católica para a RTP dá empate entre Moreira e Pizarro. O autarca fala em "erros grosseiros" e pede maioria absoluta. Pizarro diz que "seria má educação" convidar Moreira para vereador.
Por Miguel Santos Carrapatoso, João Francisco Gomes

Ler especial                                                                                                OBSERVADOR


1 - Sondagens. Rui Moreira apresenta queixa na ERC e diz que Católica “voltou a mentir”

O candidato independente à câmara do Porto Rui Moreira tornou esta quinta-feira a acusar o Centro de Sondagens da Universidade Católica de publicar sondagens “falsas” e com “erros grosseiros na sua elaboração” que o “prejudicam objetivamente”, anunciando que apresentou uma queixa junto da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC).

Num novo comunicado publicado no seu site, Rui Moreira apresenta imagens obtidas que diz serem resultado de um print-screen dos telemóveis usados pelos inquiridores e afirma que a Universidade Católica “voltou a mentir” na justificação apresentada na quarta-feira.

A polémica começou na manhã de quarta-feira, depois de a RTP e a Antena 1 terem divulgado uma sondagem da Universidade Católica que dava empate técnico entre Rui Moreira e Manuel Pizarro, com 34% dos votos cada um. 
Moreira considerou que a sondagem era “falsa” e acusou o centro de sondagens da Católica de uma “inaceitável tentativa de manipulação da opinião pública”, referindo que nas simulações de boletim de voto que foram apresentadas aos inquiridos o logótipo da sua candidatura tinha sido adulterado e que o seu nome tinha sido omitido. 
A Católica rejeitou os ataques e divulgou uma fotografia do boletim de voto eletrónico apresentado aos inquiridos.
“A candidatura identificou alguns erros na elaboração das sondagens, todos eles susceptíveis de criar desvios sistemáticos, sempre no sentido de prejudicar a candidatura de Rui Moreira“, lê-se no novo comunicado da campanha de Rui Moreira, que vem acompanhado de duas capturas de ecrã que mostram a aplicação alegadamente utilizada pelos inquiridores para registar as intenções de voto dos participantes.

A primeira queixa da candidatura de Rui Moreira é relativa à designação oficial da candidatura. Na imagem, a acompanhar o logótipo, está a designação “Porto, O nosso Partido 2017”, quando, argumenta-se no comunicado, a designação oficial da candidatura é “Rui Moreira: O Nosso Partido é o Porto” — sem o 2017 e com o nome de Rui Moreira.
Moreira queixa-se ainda da inclusão de uma candidatura que não existe na simulação de boletim de voto. Trata-se da candidatura "Porto de Alma e Coração", liderada por Jorge Feio, que foi recusada por não ter conseguido obter o número mínimo de assinaturas necessário. O nome desta candidatura “apresentava também a designação “Porto” e um símbolo circular, como a de Rui Moreira”, o que poderá funcionar como fator de confusão, argumenta Moreira.

Contudo, afirma ainda o comunicado da candidatura independente, “os resultados apresentados nos relatórios enviados aos órgãos de comunicação social apenas contemplavam as nove candidaturas que concorrem às eleições, não se sabendo quantos inquiridos votaram na candidatura “fantasma”, apresentada aos mesmos”.

Na nota, a candidatura de Rui Moreira afirma ainda que “a sondagem não foi feita em toda a cidade, nem sequer abrangeu todas as suas freguesias“. Por fim, Rui Moreira argumenta que “os resultados apresentados eram radicalmente diferentes dos apresentados por sondagens contemporâneas, igualmente publicadas e depositadas na ERC”.

Sobre a imagem divulgada na quarta-feira pela Universidade Católica como prova da isenção do estudo, Rui Moreira afirma taxativamente que é “falsa e propositadamente ampliada para dar uma ideia diferente da real“.

2 - Álvaro Almeida. “Portuenses estarão mais tranquilos se não existir maioria absoluta”

O cabeça de lista do PSD/PPM à Câmara do Porto, Álvaro Almeida, avisou esta quinta-feira que as maiorias absolutas potenciam “poderes absolutos”, “ausência de diálogo” e “atitudes prepotentes”, e garante que se perder as eleições fica como vereador sem pelouro.

“Os portuenses estarão muito mais tranquilos e muito mais seguros se não existir uma maioria absoluta e não existir uma maioria absoluta com um PSD forte”, declarou o cabeça de lista do PSD, Álvaro Almeida, durante uma ação de campanha no Mercado da Foz, depois de instado a comentar pelos jornalistas o pedido de maioria absoluta feito na quarta-feira pelo candidato independente Rui Moreira.

Álvaro Almeida argumentou que as maiorias absolutas potenciam “poderes absolutos”, potenciam “ausência de diálogo” e “atitudes prepotentes”.

O candidato também informou que caso não vença vai ficar como vereador sem pelouro e garantiu que o PSD não será um partido que impeça a governabilidade da Câmara do Porto.

“Se não vencermos ficarei como vereador na Câmara, sem pelouro, e faremos uma ação não executiva, mas uma ação construtiva e certamente não será pelo PSD que a Câmara não será governada”.

Álvaro Almeida acrescentou que o PSD é um partido de governação, quer no Porto, quer no país, que já demonstrou “várias vezes, ao longo da sua história, que é responsável” e que “é capaz de colocar os interesses dos portuenses e dos cidadãos de Portugal antes de qualquer interesse partidário”.

“Se o PSD for preciso para arranjar uma solução de governabilidade, seja ela qual for, não será pelo PSD que essa solução não será encontrada”, reiterou, assumindo que mesmo que seja um vereador sem pelouro “há muitas formas de governação”.

Questionado sobre se há alguma negociação entre o PSD, em caso de empate entre Rui Moreira e o socialista Manuel Pizarro, para a viabilização do executivo, o cabeça de lista social-democrata asseverou que “as únicas negociações” que tem é com os portuenses. Num pré-balanço da campanha eleitoral, Álvaro Almeida afirmou que esta tem corrido bem.

“Os portuenses têm recebido bem as nossas propostas (…). Andámos por toda a cidade, contrariamente a outros que se focam na Baixa do Porto. Para nós o Porto é toda a cidade, desde o mar até Campanhã. (…). Em toda a cidade onde nós fomos, fomos bem recebidos e, portanto, estamos confiantes que no domingo vamos ter um excelente resultado e que o PSD vai continuar a ser uma força importante na cidade”.

Com Agência Lusa

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