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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Áustria coloca-se ao lado da Grécia e critica "plano de 'esperar para ver'" de Merkel

Cátia Bruno 
15:00 Segunda feira, 9 de fevereiro de 2015
Primeiro-ministro grego encontrou-se esta segunda-feira com o chanceler austríaco, Werner Faymann, que pediu uma solução que tenha em conta "os esforços do novo Governo [grego]". 
Tsipras declarou ter feito "um novo amigo" que pode ajudá-lo nas negociações com os parceiros europeus.

O encontro da manhã desta segunda-feira entre o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e o chanceler da Áustria, Werner Faymann, produziu bons sinais para o Governo grego. 
O líder do Executivo austríaco, atualmente dos Sociais-Democratas, disse que a Europa deve procurar uma forma de manter a Grécia na zona euro e fazê-la cumprir os seus compromissos.

"A questão é encontrar uma solução entre o enquadramento acordado no passado e os esforços do novo Governo [grego]", declarou Faymann depois do encontro de mais de uma hora, dizendo também que "um novo caminho tem de ser encontrado". 
Aos jornalistas reforçou que ambas as partes têm de ceder nalguns pontos: "Temos de encontrar soluções mutuamente aceitáveis."

Alexis Tsipras afirmou estar "muito satisfeito" com o encontro com o chanceler austríaco. "Tenho um novo amigo que nos pode ajudar a encontrar uma solução viável para o futuro comum europeu", declarou o primeiro-ministro grego.

Sinais austríacos
Antes do encontro, Faymann tomou uma posição pouco comum da parte do Executivo austríaco, criticando a chanceler alemã, Angela Merkel, e defendendo medidas de combate à crise como aumento de impostos para os mais ricos e o recurso a emissões conjuntas de títulos de dívida europeia.

Em entrevista ao jornal "Kurier", publicada no domingo, o chanceler considerou que as medidas de criação de emprego europeias não chegam: "Estão a falhar devido ao plano de 'esperar para ver' de Angela Merkel", declarou Faymann. 
"Se a Alemanha tomasse uma atitude mais ofensiva, seria o ideal para a Áustria". 
Quanto a Alexis Tsipras, considerou que o primeiro-ministro grego quer "combater a corrupção e a fraude fiscal - o que é mais lógico do que fazer cortes e privatizar".

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