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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Isabel transferiu 57 milhões de euros da Sonangol para a conta da sua empresa privada

*Paulo Alves
Fonte: Club-k.net
dezembro 17, 2017

Washington – O novo conselho de administração da Sonangol revela-se empenhado em resgatar 57 milhões de euros que a sua antiga PCA, Isabel José dos Santos transferiu “injustificadamente” para uma conta offshore no Dubai, pertencente a sua empresa privada Esperanza. A operação foi feita a partir de uma conta da petrolífera estatal no Banco BIC de Portugal, dias depois de ela ter sido exonerada pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço.
*Paulo Alves

Fonte: Club-k.net

Nova administração quer o dinheiro de volta 

A Sonangol escreveu a Isabel dos Santos para que ela justificasse as razões que a levaram a fazer a transferencia, mas até ao momento ela não respondeu. Paralelamente, e na ausência de uma resposta, direção da petrolífera estatal envidou por outras démarches que foi escrever para o PCA do BIC de Portugal e ao Governador do Banco Central de Portugal. 

Na Carta, a estas duas entidades, segundo soube o Club-K, o PCA da Sonangol, Carlos Saturnino Guerra Sousa e Oliveira solicitou esclarecimentos tendo questionado como as autoridades reguladoras de Portugal autorizaram a transferência de Isabel dos Santos para uma conta no Dubai, numa altura em que ela já estava desprovida de competência para movimentar as contas da empresa por conta da sua exoneração do cargo. 

Há cerca de 14 dias, uma delegação da Sonangol, chefiada pelo PCA, Carlos Saturnino deslocou-se a Lisboa para contactos físico com às autoridades tendo em conta que transferência - dos 57 milhões de euros - é considerada ilegal e o processo do seu resgate iniciará em Portugal. 
A delegação regressou à Luanda, na passada terça-feira (12). 

Das constatações, a Sonangol concluiu que a operação dos “57 milhões de euros” foi feita por Isabel dos Santos, feita num dia em que a mesma ficou no seu gabinete até as 22h e foi assessorada pelo ex-administrador Sarju Raikundalia e por um financeiro Alcides Andrade. 
Este último é um ex-quadro da ESSO levado a Sonangol pelas mãos do ex-administrador Edson de Brito Rodrigues dos Santos.

O novo conselho de administração da Sonangol descobriu também que desde que foi nomeada pelo seu pai, José Eduardo dos Santos, em Junho de 2016, a ex-PCA Isabel dos Santos transferia todos meses 10 milhões de euros da conta da petrolífera estatal, em Angola para um outra da empresa EFACEC, em Portugal. 

A EFACEC é a empresa portuguesa na qual Isabel dos Santos detém 66,1% desde Junho de 2015. 
As transferências foram justificadas, anteriormente por escrito, como destinadas a conclusão de pagamento de uma prestação de serviço que esta empresa terá prestado a Sonangol. 
Contudo, altos funcionários da petrolífera angolana confirmaram á actual administração que de facto a Sonangol tinha dividas com a EFACEC mas que foram todas liquidadas quando ainda era o PCA, Francisco de Lemos José Maria. 

A Sonangol detetou ainda outros excessos de Isabel dos Santos tal como a injustificada quantia de um milhão de dólares gastos, como despesas de pessoal para uma viagem que ela e o seu grupo efectuou à Londres, em suposta missão de serviço. 
Foram também descobertos empréstimos que os antigos administradores Eunice Paula Figueiredo Carvalho e Edson Santos faziam à companhia. 
Tão logo soube da descoberta, a ex-administradora, Eunice Carvalho deu baixa na clinica girassol em Luanda. 

Isabel dos Santos não respondeu ainda de forma oficial a Sonangol, porém, quando soube que estavam a ser realizadas auditorias às contas da empresa, recorreu as redes sócias para insinuar uma suposta perseguição nesta empresa, acompanhada com interrogatórios. 

"Este procedimento é ilegal. 
Só as autoridades judiciais ou policiais podem fazer interrogatórios. 
É preciso respeitar o direito dos trabalhadores", escreveu Isabel dos Santos, acrescentando, sobre os colaboradores que estarão a ser despedidos, que muitos "recentemente largaram outros empregos para integrarem a Sonangol, porque acreditaram no país e queriam ajudar Angola a crescer".

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